A covardia contra o "Deus de Ébano" coral

Publicação: 09/05/2020 00:30

A festa do Santa Cruz no Maracanã só não foi completa por causa da perda de Mazinho para a semifinal contra o Cruzeiro, em jogo único no Arruda. Ao ser atingido por Luís Carlos, aos 19 minutos do segundo tempo, o “Deus de Ébano”, como era conhecido, sofreu a ruptura completa do ligamento cruzado medial do joelho, segundo o diagnóstico do médico Bráulio Pimentel.

Mazinho era o grande armador do meio de campo da equipe tricolor. Tanto que, na sua ausência por uma acusação de ‘doping’, o clube perdeu pontos importantes nos seis primeiros jogos da primeira fase do campeonato daquele ano. “Mazinho tomava um remédio para emagrecer e o doping da época não tinha essa medicação. Mas depois mudou o sistema porque já havia o interesse de tirar ele do Santa Cruz. Mas no fim ele foi absolvido”, lembra Dirceu Paiva.

Companheiro de time, o artilheiro Ramon destrincha uma série de características que faziam de Mazinho uma peça fundamental na equipe. “Ele era o articulador do time, o cara que puxava contra-ataque, fazia os lançamentos, aproximava muito comigo, atraía marcação e apoiava.” E afirma. “Foi uma covardia o que fizeram com ele.”

A mesma palavra é usada por Givanildo para descrever a lesão de Mazinho. “Foi covardia. O zagueiro foi por cima e terminou arrebentando ele. Tiraram ele do jogo e era uma peça muito importante para o time.”