Publicação: 25/05/2020 03:00
O jogo de volta das oitavas de final da Liga dos Campeões entre Liverpool e Atlético de Madrid, disputada em março diante de 52.000 espectadores, apesar da ameaça do novo coronavírus, “pode estar relacionada à morte de 41 pessoas”, segundo um estudo britânico publicado ontem. Essas mortes teriam ocorrido em hospitais de Liverpool ou locais próximos de 25 a 35 dias depois, diz este estudo, que é baseado em dados das autoridades de saúde do Reino Unido e foi citado pelo semanário Sunday Times.
Cerca de 3.000 torcedores do Atlético haviam viajado para Liverpool para assistir à partida, pouco antes da paralisação das competições esportivas na Inglaterra devido à pandemia de COVID-19. Segundo o Imperial College de Londres e a Universidade de Oxford, a Espanha tinha naquele momento cerca de 640.000 casos de coronavírus e o Reino Unido aproximadamente 100.000. “Se há pessoas que contraíram o coronavírus em um evento esportivo que não deveria ter acontecido, é escandaloso”, disse Steve Rotheram, prefeito da região metropolitana de Liverpool, à BBC. “É necessário investigar para saber se algumas dessas infecções estão ligadas aos torcedores do Atlético. Havia áreas vermelhas onde o vírus estava presente e Madri era uma delas”, acrescentou.
No mês passado, um dos governantes de Liverpool já havia solicitado uma investigação para determinar por que essa partida foi disputada. O Atlético de Madrid eliminou o Liverpool, zagueiro do título, da maior competição europeia naquela partida. Por outro lado, a decisão de autorizar 250.000 pessoas a se reunir em março para participar da grande corrida de cavalos em Cheltenham (sudeste da Inglaterra) estaria relacionada a 37 mortes adicionais, segundo o estudo.
O efeito dos eventos esportivos na disseminação do novo coronavírus lembra o caso de mais um duelo da fase eliminatória da Liga dos Campeões, entre o italiano Atalanta e o espanhol Valencia. Walter Ricciardi, representante da Itália na OMS, estimou que essa partida havia sido um “acelerador da propagação do vírus”. (AFP)
Cerca de 3.000 torcedores do Atlético haviam viajado para Liverpool para assistir à partida, pouco antes da paralisação das competições esportivas na Inglaterra devido à pandemia de COVID-19. Segundo o Imperial College de Londres e a Universidade de Oxford, a Espanha tinha naquele momento cerca de 640.000 casos de coronavírus e o Reino Unido aproximadamente 100.000. “Se há pessoas que contraíram o coronavírus em um evento esportivo que não deveria ter acontecido, é escandaloso”, disse Steve Rotheram, prefeito da região metropolitana de Liverpool, à BBC. “É necessário investigar para saber se algumas dessas infecções estão ligadas aos torcedores do Atlético. Havia áreas vermelhas onde o vírus estava presente e Madri era uma delas”, acrescentou.
No mês passado, um dos governantes de Liverpool já havia solicitado uma investigação para determinar por que essa partida foi disputada. O Atlético de Madrid eliminou o Liverpool, zagueiro do título, da maior competição europeia naquela partida. Por outro lado, a decisão de autorizar 250.000 pessoas a se reunir em março para participar da grande corrida de cavalos em Cheltenham (sudeste da Inglaterra) estaria relacionada a 37 mortes adicionais, segundo o estudo.
O efeito dos eventos esportivos na disseminação do novo coronavírus lembra o caso de mais um duelo da fase eliminatória da Liga dos Campeões, entre o italiano Atalanta e o espanhol Valencia. Walter Ricciardi, representante da Itália na OMS, estimou que essa partida havia sido um “acelerador da propagação do vírus”. (AFP)