Mais uma vez, o processo eleitoral do Santa Cruz é motivo de disputa antes de começar de fato. A 12 dias da data original do pleito, há indefinição e cada lado tem sua interpretação legal. Se a situação vê prazos e datas ainda indefinidos, a oposição afirma que a data limite para a publicação do último edital de convocação para as eleições foi no domingo passado, e alega que pode vir a ser eleita por aclamação (sem adversários).

O imbróglio já se estende desde outubro, quando a Justiça proibiu o clube de  adiar as eleições, que foram marcadas para o dia 14 de dezembro. Depois, porém, o Conselho Deliberativo coral votou pela postergação. Agora, a situação diz esperar por resposta sobre um recurso em cima dessa decisão, enquanto a oposição diz que sequer houve recurso apresentado.

O vice-presidente do clube, Tonico Araújo, reafirmou que a situação não definiu ainda a sua cabeça de chapa. Na semana passada, o dirigente afirmou que o nome seria anunciado até o último sábado. Mas, vendo o prazo, ele afirmou que foi preferido estender as conversas. Tonico ainda comentou sobre as discordâncias entre situação e oposição nos temas sobre o pleito.

“A oposição vê isso com os argumentos dela. Nossos advogados dizem que só pode haver a elaboração da chapa depois da publicação do terceiro edital. Se o edital não foi publicado porque há uma pendência, e o Santa Cruz não pode descumprir uma pendência legal, então o Santa Cruz está esperando essa decisão para poder lançar o terceiro edital”.

O QUE DIZ O ESTATUTO
Segundo o estatuto coral, a eleição acontece na primeira quinzena de dezembro. Vinte dias antes, o clube publica o terceiro e último edital de convocação para o pleito. Até agora, a 12 dias da data prevista, apenas dois editais foram publicados. A inscrição das chapas vai até cinco dias após a publicação desse edital, ou, teoricamente, 15 dias antes do pleito.

Assim, a situação lê um cenário de eleição com data incerta e, logo, prazo indefinido. Já na oposição, se vê que a proibição do adiamento decretado em outubro e a não existência de recurso por parte do clube, confirmam a eleição para o dia 14 e o não lançamento de outras chapas além da opositora ProSanta poderia garantir uma eleição por aclamação.