Sport de luto por Clovis da Silveira Barros
Ao lado dos amigos João Brito e Samico, dirigentes protagonizaram episódios históricos, como o "furto" do Leão da Praça da Bandeira
Diego Borges
esportes@diariodepernambuco.com.br
Publicação: 26/01/2023 00:50
Uma perda irreparável na história do Sport Club do Recife. Faleceu ontem, aos 92 anos, o ex-conselheiro, atleta, sócio benemérito e diretor do clube nos anos 60 e 70, Clovis da Silveira Barros Filho, mais conhecido como ‘Coca’. Vítima de causas naturais, Coca era famoso na Ilha do Retiro por ter protagonizado ao lado dos amigos e também ex-dirigentes, João Brito e Samico o ‘Trio CBS’, responsáveis por lutar fervorosamente pelo Leão e tirar o sono dos rivais, Náutico e Santa Cruz. O velório começa às 8h, na Funerária Santa Marta, na Rua Pedro Afonso, em Santo Amaro. O enterro está marcado para as 11h, no Cemitério de Santo Amaro.
Em nota oficial emitida pelo clube, o presidente do Sport, Yuri Romão, lamentou o falecimento do ex-dirigente, que também chegou a ser eleito vereador na cidade do Recife. “Clovis foi um grande e fervoroso torcedor com serviços prestados à nossa história. Presto, em nome do clube, a minha solidariedade para todos que eram próximos a ele e agradeço pela dedicação em prol do Sport”, disse.
Na construção da mitologia do Sport, são inúmeras histórias e episódios marcantes que envolvem o Trio CBS. A mais importante delas, diz respeito ao famoso ‘furto’ (ou resgate para os rubro-negros) do Leão da Praça da Bandeira. A reportagem do Esportes DP ouviu o jornalista Lenivaldo Aragão, que relembra como a estátua foi transferida para as dependências da Ilha.
“O futebol pernambucano vivia a hegemonia do Náutico no Estadual, na época do seu Hexacampeonato. Em um desses títulos, os alvirrubros pintaram o Leão de vermelho e branco. Aí, para o episódio não se repetir o ‘Trio CBS’ conseguiu tirar o Leão na surdina. Quando foram pintar, já não tinha mais o Leão. Estava na sede do Sport. Tempos depois, eles conseguiram junto à Prefeitura do Recife a permanência oficial na Ilha”, conta Lenivaldo Aragão.
Se o hino do clube diz ‘Pelo Sport, tudo’, o Trio levava a sério. E na ‘gréia’ também. Lenivaldo conta que os três também proporcionaram histórias hilárias. Quando o Náutico tentava o Hepta, em 1969, e estava há cinco anos invicto nos Aflitos, os três foram aconselhados pelo Pai de Santo Edú a levar um bode até o estádio no clássico.
Coca forneceu o animal, e o ex-centroavante Ilo o soltou dentro do gramado dos Aflitos antes do jogo. Depois de muito tumulto, o bode, assustado, ficou preso na rede da barra da Rua da Angustura. Coincidência ou não, foi nela onde o Sport conseguiu o gol da vitória por 1 a 0.
“Naquela época não existia essa violência. A rivalidade era levada na base da brincadeira, e eles três traziam um bom humor sadio para o futebol. Ao mesmo tempo, eram muito batalhadores pelo Sport. Representaram o clube, em uma época onde não havia patrocínios no futebol e o clube tinha que se virar com as verbas de bilheteria e doações que a diretoria conseguia”, completa.
Em nota oficial emitida pelo clube, o presidente do Sport, Yuri Romão, lamentou o falecimento do ex-dirigente, que também chegou a ser eleito vereador na cidade do Recife. “Clovis foi um grande e fervoroso torcedor com serviços prestados à nossa história. Presto, em nome do clube, a minha solidariedade para todos que eram próximos a ele e agradeço pela dedicação em prol do Sport”, disse.
Na construção da mitologia do Sport, são inúmeras histórias e episódios marcantes que envolvem o Trio CBS. A mais importante delas, diz respeito ao famoso ‘furto’ (ou resgate para os rubro-negros) do Leão da Praça da Bandeira. A reportagem do Esportes DP ouviu o jornalista Lenivaldo Aragão, que relembra como a estátua foi transferida para as dependências da Ilha.
“O futebol pernambucano vivia a hegemonia do Náutico no Estadual, na época do seu Hexacampeonato. Em um desses títulos, os alvirrubros pintaram o Leão de vermelho e branco. Aí, para o episódio não se repetir o ‘Trio CBS’ conseguiu tirar o Leão na surdina. Quando foram pintar, já não tinha mais o Leão. Estava na sede do Sport. Tempos depois, eles conseguiram junto à Prefeitura do Recife a permanência oficial na Ilha”, conta Lenivaldo Aragão.
Se o hino do clube diz ‘Pelo Sport, tudo’, o Trio levava a sério. E na ‘gréia’ também. Lenivaldo conta que os três também proporcionaram histórias hilárias. Quando o Náutico tentava o Hepta, em 1969, e estava há cinco anos invicto nos Aflitos, os três foram aconselhados pelo Pai de Santo Edú a levar um bode até o estádio no clássico.
Coca forneceu o animal, e o ex-centroavante Ilo o soltou dentro do gramado dos Aflitos antes do jogo. Depois de muito tumulto, o bode, assustado, ficou preso na rede da barra da Rua da Angustura. Coincidência ou não, foi nela onde o Sport conseguiu o gol da vitória por 1 a 0.
“Naquela época não existia essa violência. A rivalidade era levada na base da brincadeira, e eles três traziam um bom humor sadio para o futebol. Ao mesmo tempo, eram muito batalhadores pelo Sport. Representaram o clube, em uma época onde não havia patrocínios no futebol e o clube tinha que se virar com as verbas de bilheteria e doações que a diretoria conseguia”, completa.