A releitura do Cobogó de Pernambuco
Designer usa elemento da arquitetura moderna para fazer papéis de parede e capas de livros, entre
outras aplicações
ROSÁLIA VASCONCELOS
rosaliavasconcelos.pe@dabr.com.br
Publicação: 17/05/2014 03:00
Guilherme Luigi documentou e digitalizou cobogós |
“Identifiquei a geometria por trás do cobogós para reinserir graficamente essa estética genuinamente pernambucana em outros aspectos do cotidiano”, define Luigi. O projeto do designer foi divulgado em setembro do ano passado, quando do lançamento do livro O Cobogó de Pernambuco, do fotógrafo Josivan Rodrigues e dos arquitetos Cristiano Borba e Antenor Vieira (falecido ano passado, antes do livro ser impresso). “Quis iconografar elementos urbanísticos definidores de Pernambuco para ir além da caatinga e do frevo”, propõe.
Elemento foi introduzido no começo do século 20 |
Com os traços em mãos, o designer elabora uma família de 72 fontes digitais, a Dingbat Cobogó (quando ao invés letras e números, a fonte é formada por ícones e símbolos). “Para disseminar a estética, estou disponibilizando o material, gratuitamente, na internet, através do site dingbatcobogo.com.br”, salienta.
Estética
A paisagem construída da urbes sempre fez parte do olhar de Josivan Rodrigues. “Me chamavam a atenção os traços e a funcionalidade desse recurso da alvenaria, que servia para ventilar e iluminar, a dividir sem isolar.”, explica.