Publicação: 11/04/2016 03:00
Em janeiro de 1641, chegara a notícia de que os portugueses havia declarado independência dos espanhóis, e o cenário mudara inteiramente. Ora, o Brasil fora invadido pelos flamengos, em 1630, porque estava sob o controle da sua grande inimiga, a Espanha. Entretanto, reatada a paz com os velhos aliados lusos, cessara a captura dos navios que partiam carregados de açúcar do Rio e da Bahia para a Europa – até aí, a maior fonte de renda da Companhia, já que a produção dos engenhos pernambucanos ainda não se recuperara da guerra. A empresa, então, começara a operar no vermelho. E, já em abril, o conde gastador fora demitido do emprego.
Nassau ainda tentara se defender com petições das câmaras de escabinos de Mauriceia, da Paraíba, de Igarassu, de Serinhaém e de Itamaracá, rogando pela sua permanência. Os judeus até se ofereceram para pagar suas despesas, e os portugueses quiseram contratá-lo para comandar seu exército. E nesse vai-não-vai se passaram dois anos, até a chegada da dispensa definitiva.
De volta à sua terra, o conde ocupou vários postos civis e militares importantes. E, sendo amigo de grandes artistas e intelectuais como Descartes, Huygens, Bacon, Corneille, Donne e Rubens, entre outros, além de príncipes, como rei Carlos I da Inglaterra, retomou a vida social e cultural refinada, da qual sentira falta nos últimos sete anos.
Ele encarregou o famoso escritor Barlaeus de contar a história do seu governo no Brasil, em latim, a língua das pessoas cultas. Em 1647, foi publicada a Rerum in Brasilian Gestarun Historia. Também patrocinou, em 1648, a Historia Naturalis Brasiliae, escrita por Piso e Marcgrave e ilustrada por Eckout – onze belíssimos livros sobre a fauna, a flora e os povos brasileiros. E, mais adiante, tornou a pegar em armas contra os franceses, em 1667, e os espanhóis, em 1671, como marechal de campo. Seu último título foi o de Príncipe de Nassau-Siegen.
Nassau morreu em 1679, aos 75 anos, em Haia. Doente, na velhice, dormia numa rede bordada e guarnecida de franjas amarelas, que trouxera de Pernambuco. E na próxima semana falaremos do seu incrível secretário, o judeu Gaspar Dias Ferreira.
Nassau ainda tentara se defender com petições das câmaras de escabinos de Mauriceia, da Paraíba, de Igarassu, de Serinhaém e de Itamaracá, rogando pela sua permanência. Os judeus até se ofereceram para pagar suas despesas, e os portugueses quiseram contratá-lo para comandar seu exército. E nesse vai-não-vai se passaram dois anos, até a chegada da dispensa definitiva.
De volta à sua terra, o conde ocupou vários postos civis e militares importantes. E, sendo amigo de grandes artistas e intelectuais como Descartes, Huygens, Bacon, Corneille, Donne e Rubens, entre outros, além de príncipes, como rei Carlos I da Inglaterra, retomou a vida social e cultural refinada, da qual sentira falta nos últimos sete anos.
Ele encarregou o famoso escritor Barlaeus de contar a história do seu governo no Brasil, em latim, a língua das pessoas cultas. Em 1647, foi publicada a Rerum in Brasilian Gestarun Historia. Também patrocinou, em 1648, a Historia Naturalis Brasiliae, escrita por Piso e Marcgrave e ilustrada por Eckout – onze belíssimos livros sobre a fauna, a flora e os povos brasileiros. E, mais adiante, tornou a pegar em armas contra os franceses, em 1667, e os espanhóis, em 1671, como marechal de campo. Seu último título foi o de Príncipe de Nassau-Siegen.
Nassau morreu em 1679, aos 75 anos, em Haia. Doente, na velhice, dormia numa rede bordada e guarnecida de franjas amarelas, que trouxera de Pernambuco. E na próxima semana falaremos do seu incrível secretário, o judeu Gaspar Dias Ferreira.
Saiba mais...
Maurício de Nassau, um gênio civilizador no Brasil