Gerações unidas pelo samba

Publicação: 21/01/2017 03:00

Representando o futuro da Gigante, David Luan Campos, 11 anos, segue os passos dos pais e desfila desde os três. Participando da Bateria Mirim, ele toca todos os instrumentos, e está atualmente a cargo do primeiro repique, chamando a bateria para o samba. O projeto, que existe há 30 anos, reúne crianças de 7 a 14 anos na quadra duas vezes por semana.

A bateria mirim é composta por 29 meninos e uma menina. São filhos dos integrantes e moradores dos bairros de Água Fria e Bomba do Hemetério. Eles se reúnem para aprender novos instrumentos a cada ano. O objetivo é resgatar o gosto pela música entre os mais jovens. “Como todos da família, ele despertou interesse em participar de alguma forma e se encontrou na música. É algo que vai passando por cada geração. Minha filha também é ritmista e assim vamos vendo a Gigante do amanhã”, comenta a mãe de Luan, Valéria Cunha, 44 anos.

Os membros da bateria adulta se voluntariam para ensinar as crianças. “A gente começa passando as noções básicas de cada instrumento e vamos evoluindo aos poucos. É como ver a escola nascer de novo”, diz Carlos Eugênio Ribeiro, 44, instrutor da bateria mirim.

A cada agosto uma nova turma se inicia. Os ensaios acontecem às terças e sextas no barracão. Um dos desafios atuais da escola é retomar o programa Samba é saber, que incentivava a leitura entre as crianças.