Diario urbano

Jailson da Paz
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Publicação: 03/07/2018 03:00

Contra a religião

O assalto a nove freiras da Congregação das Filhas de Santana, ontem em Carpina, na Mata Norte, mostra que na escalada da violência o temor ao sagrado cai por terra. Importa a quem rouba, os bens. E não de quem estes sejam. Das religiosas, vindas de Alagoas para um encontro na cidade, dois homens armados levaram objetos pessoais e o veículo em que elas se encontravam, uma Kombi branca. Em Carpina, os ladrões não ultrapassaram os limites dos templos e das casas religiosas, mas mexeram com o que muitos consideram uma das representações máximas da fé: as pessoas dedicadas exclusivamente à religião. Mas os limites dos templos foram ultrapassados por criminosos em duas ocasiões, neste ano, na Região Metropolitana do Recife. Em Paulista, no mês de abril, furtaram um ostensório e um microfone Igreja de Santa Terezinha. O arrombamento da capela, assim como o crime contra as freiras, são situações graves. Para o estado, passíveis de penas. Para a igreja, o arrombamento foi digno de uma cerimônia de desagravo pelo fato do lugar ter sido violado. No caso das religiosas, de reflexão sobre os limites do respeito ao outro.

Sem passageiros
Por quase duas horas ontem, enquanto durou o jogo do Brasil contra o México, as paradas de ônibus da Avenida Conde da Boa Vista ficaram vazias. Eram raros os ônibus e os passageiros. Até os ambulantes se recolheram para assistir à partida.

Parede do templo
Mesmo com banheiros químicos a dez metros da igrejinha de Piedade, em Jaboatão, banhistas fazem da parede lateral do templo um sanitário público. O cheiro era insuportável ontem, quando muitos foram à praia por conta do jogo do Brasil contra o México.

Árvore-lixeira
Terminado o jogo do Brasil contra o México, torcedores, entre um e outro gole, descartavam garrafas de cervejas vazias nas partes ocas das árvores da Rua João Fernandes Vieira, na Soledade. Além das garrafas, deixaram também embalagens de batata.

Serviço rápido
As ruas vazias do Recife, devido ao jogo do Brasil, foram um ponto favorável para os trabalhadores da Martins Engenharia. Com o trânsito normal, eles levam um dia para instalar um quilômetro de cabo ótico, o que foi feito ontem em duas horas.

Atestado médico
Nas primeiras horas da manhã de ontem, o movimento foi intenso em algumas clínicas da Avenida Governador Carlos de Lima Cavalcanti, em Casa Caiada, Olinda. Nunca se viu tanta gente doente antes de um jogo do Brasil e precisando de atestado médico.

Bandeira e sabão
É justo o nome de “supermercado da saúde” dado a uma das carroças armadas em frente à emergência clínica do Hospital da Restauração (HR), no Derby. A mercadoria é variada. Ontem, havia de bandeira do Brasil e biscoitos a sabão em pedra e papel higiênico.

Abertura na pista
Nem tudo novo significa boa qualidade. Exemplo está no remendo da pista local da Avenida Agamenon Magalhães, em frente ao HR. Um buraco, assim como o escuro do asfalto recente, se destaca na junção dos trechos novos e velhos. Lembra um sumidouro.

Cama velha
O destaque na Rua Manoel Caetano, no Derby, era ontem uma cama de madeira, O móvel velho foi largado em frente à casa de esquina com a Praça João Pereira Borges. Casa, diga-se, abandonada e com lixo no jardim e no terraço.