ORQUESTRA » Projeto leva o frevo para ruas do Recife

Publicação: 20/08/2018 03:00

Recifenses e turistas que passaram ontem no Bairro do Recife tiveram o prazer de assistir à apresentação da Orquestra Arruando, acompanhada de 12 passistas do grupo Arruando de Passo. O show faz parte do projeto Recife do Frevo e do Passo, financiado através da Lei Rouanet, acontecerá a cada dois domingos, sempre no Marco Zero. Serão 30 espetáculo. Em mês de férias, as apresentações acontecerão todos os domingos, das 15h30 às 17h30. Ontem foi o primeiro show.

“A proposta do projeto é trazer o frevo para ser tocado em praça pública durante o ano todo e não apenas no carnaval”, destacou o diretor artístico e criador da Orquestra Arruando, Nilo Otaviano. A primeira fase, iniciada ontem, vai até 4 de novembro, tendo como patrocinadores a Cervejaria Ambev, a Eletrobras Furnas e a Raça Distribuição. Paralelamente, os organizadores correm atrás de outros patrocinadores.

A orquestra é formada por 24 instrumentistas, um maestro, seis cantores e 12 passistas. Um dos saxofonistas do grupo é o músico Edson Rodrigues, 76 anos, um dos cinco mestres vivos do frevo. Durante a apresentação de ontem, os músicos fizeram uma homenagem a Naná Vasconcelos que, se estivesse vivo, teria completado 74 anos no dia 2 de agosto. Os hinos do Vassourinhas e do Elefante foram tocados em ritmo de maracatu. O projeto traz o frevo em três vertentes: frevo-música, frevo-dança e frevo-história.

Depois do show da Arruando, também se apresentou o grupo de cavalo marinho Boi Pintado, de Aliança, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. A cada edição, vamos convidar também um grupo cultural, de frevo ou de algum outro ritmo pernambucano, para se apresentar no Marco Zero”, afirmou Nilo. Segundo ele, a orquestra já fez 45 shows em praça pública fora do período do carnaval, sempre levantando a bandeira do frevo. Também, a cada edição, serão distribuídas 160 sombrinhas para crianças e turistas, convidados a aprender e ensaiar alguns passos de frevo.

Um dos espectadores do evento foi o chinês Wu Jian, 25 anos, professor da língua inglesa e há um ano trabalha no Recife. “Muito interessante essa atmosfera que o frevo traz. Gosto de ver as apresentações, mas não me arrisco a dançar porque acho muito difícil o movimento das pernas. Quem sabe na próxima edição do evento”, brincou Wu Jian.