DIARIO NOS BAIRROS » Todos os caminhos que levam ao parque A Jaqueira, um dos bairros nobres da Zona Norte, dispõe do parque mais cobiçado da cidade. Um dos desafios do município é melhorar a circulação local

Publicação: 10/08/2018 03:00

O bairro da Jaqueira é uma das áreas mais nobres para morar na Zona Norte da cidade. Seria só mais um bairro não fosse o espaço verde do maior parque da cidade. A relação do Parque da Jaqueira com os moradores do entorno ou de outras áreas que se deslocam para lá varia em idade, gênero e gostos. Da prática de esportes à simples contemplação do espaço e do vai e vem das pessoas. Um dos desafios para levar a qualidade de vida do parque para fora é a melhoria da circulação.

Para quem costuma fazer longas caminhadas ou corridas na pista de cooper e depois tem que encarar as calçadas no caminho de volta para casa, terá, em breve, mais conforto nesses deslocamentos. Os passeios no entorno do parque ao longo da Avenida Rui Barbosa e às margens do Rio Capibaribe estão sendo alargados e recebendo uma nova pavimentação dentro do projeto Calçada Legal.     

A empresária Fabiana Rodrigues, 41 anos, mora no Poço da Panela e vai a pé para o parque. “As calçadas mais largas vão proporcionar mais conforto, sem dúvida. Há trechos hoje que não são bons”, revelou. Já a estudante Jaqueline Nunes, 27 anos, que mora na Zona Sul e trabalha na Jaqueira, disse que, pelo menos, parte do percurso que faz a pé tem conforto. “Essa calçada do rio (Capibaribe) é larga, tem iluminação e uma vista maravilhosa. Mas da parada do ônibus para casa elas são muito ruins”, comparou.

A aposentada Norma Ribeiro, 87 anos, é carioca e foi convencida pelo filho a trocar o Rio de Janeiro pela morada em frente ao parque. “O parque é muito agradável e tem essa capela antiga com azulejos portugueses. Achei tão bonito que trouxe minha neta para conhecer”, revelou a aposentada. O parque é divido em duas áreas: o sítio histórico (onde se localiza a Capela de Nossa Senhora da Conceição, datada de 1766 e tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na década de 1970) e a área reservada à prática de esportes e atividades culturais.

A cabeleireira Renata Soraya Ferreira de Almeida, 42 anos, não abre mão de praticar exercícios no parque três vezes por semana. “Eu me sinto segura aqui e o verde proporciona um bem-estar”, revelou. A estudante Marcela Andrade, 30 anos, gosta de correr e levar a filha Valentina para passear. “Sempre venho com alguém da família para ficar com ela enquanto corro na pista, mas é bom também para ela tomar banho de sol”.

O parque atrai os mais diferentes interesses. O professor de fotografia do Senac, Társio Alves, 37 anos, levou os alunos para uma aula prática. “É um lugar que tem muito movimento é bom para eles aprenderem a controlar a velocidade, os vários contrastes de luz e sombra, sem falar que é um lugar com muito verde para composição das fotos”, explicou.