DIARIO NOS BAIRROS » A vida pulsa em torno da Araçá Lagoa cercada por prédios é um oásis na Imbiribeira. Academia, parques, pista de corrida e ciclovia atraem os frequentadores

Publicação: 21/09/2018 03:00

E la já foi conhecida como a Lagoa dos Botos. Correu o risco de ser aterrada. Hoje é a única lagoa natural do Recife. Amada pelos moradores do entorno, a Lagoa do Araçá, na Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, sobrevive ao tempo e à agressão humana. A estrutura com academia, parques infantis, pista de corrida, ciclovia, campo de futebol e banheiro público atrai as pessoas amantes da prática de esportes e apreciadores da natureza, resistente na forma de mangue e de aves diversas.

Márcia Torres, 65 anos, é aposentada e mora há 13 anos no bairro. Todos os dias ela caminha na pista própria para a prática do entorno da lagoa. Quando não faz a caminhada pela manhã, faz à tarde. “É um lugar maravilhoso. Não troco por Boa Viagem por dinheiro nenhum”, garante. Márcia diz que o local tem tudo que o morador precisa e o trânsito é menos caótico que o do bairro da Zona Sul.

Maria da Guia, 52, tem a lagoa como local de trabalho e de moradia. Há 20 anos, comercializa acarajé no endereço. “Aqui tem segurança, a iluminação é boa, tem parquinho e manguezal”, elogia. Para a comerciante, o grande problema é a falta de esgotamento sanitário completo. “Muitos dejetos ainda correm para as águas. Também gostaria que a prefeitura fizesse uma dragagem da lama. Acho que a lagoa poderia ser um ponto turístico”, sugere.

A guarda municipal Danuza Michele Leite, 34, já morou na Imbiribeira, perto da lagoa. Hoje é moradora da Madalena e sente falta da proximidade com o antigo bairro. Para matar a saudade, pelo menos duas vezes por semana ela coloca uma roupa confortável, um tênis e parte para a pista de corrida da lagoa. “Aproveito para correr enquanto meu filho está na aula de judô, aqui perto”, explica. Para Danuza, faltam marcações na pista e menos declives no piso. “Gosto muito daqui por conta da proximidade com a natureza”, explica.

Matheus Meira, 19, estudante universitário, mora na lagoa há 13 anos. “Aqui é um lugar bom para viver. Quanto à estrutura do entorno, as condições não são tão diferentes das demais pistas que conheço. Nem melhor, nem pior”, explica.