Avanços e retrocessos nas estradas Pesquisa da CNT aponta que há dois extremos nas rodovias que cortam o estado, entre o que melhorou e o que ficou pior. Estudo foi feito em 35 rodovias

Publicação: 18/10/2018 03:00

Pesquisa sobre as rodovias em Pernambuco, divulgada ontem pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), mostra dois extremos. Quando comparadas informações deste ano com as do ano passado, nota-se um crescimento de quilômetros em boa situação. Eram 1.193. Saltaram para 1.377 neste ano. Em números relativos, um avanço de quase de cinco pontos. O estudo, em contrapartida, verificou um aumento de quilômetros em péssimas condições, que passaram de 495 quilômetros para 601. Os contrastes estão nas 35 rodovias federais e estaduais.

As estradas sob jurisdição federal obtiveram mais da metade dos 18 conceitos “ótimo” atribuído pela pesquisa nos itens estado geral, pavimento, sinalização e geometria. No topo do ranking federal está a BR-235, com a nota máxima em três dos quatro aspectos avaliados. A exceção foi em sinalização, com conceito bom. Mas, convenhamos, a pesquisa analisou apenas seis quilômetros da BR-235. Na mais extensa das rodovias vistoriados, a BR-232, com 574 quilômetros percorridos, o nível bom foi atribuído ao estado geral e o ótimo ao pavimento. Em contrapartida, os outros dois – sinalização e geometria – mereceram regular, o que não é de difícil entendimento. Ao trafegar em trechos como o entre Cruzeiro do Nordeste, em Sertânia, e Sítio dos Nunes, a sinalização é quase inexistente. A BR-101 teve quatro “bons”.

A grande maioria dos conceitos “ruim” e “péssimo” está nas rodovias estaduais. E o preocupante é que o estudo contabilizou um aumento da degradação de 2017 para 2018. Antes eram 460 quilômetros classificados como péssimo, enquanto neste ano se chegou a 591 quilômetros, representando 58,9% da malha.

Nove dessas estradas tiveram todas as notas dentro dos parâmetros ruim e péssimo. Foram as PE-096, PE-126, PE-130, PE-177 e PE-275. Os 66 quilômetros avaliados PE-275, no Sertão, foram considerados em estado péssimo em sinalização, estado geral e geometria. Ao longo da estrada, os técnicos se depararam com buracos e rachaduras no asfalto em excesso. Situação também encontrada na PE-130, no Agreste. Por outro lado, a PE-009, em Ipojuca e no Cabo de Santo Agostinho, se destacou entre as rodovias que cruzam o estado. Os seus 23 quilômetros receberam conceito máximo nos itens listados. Uma exceção entre as 35 estradas avaliadas em Pernambuco.

Pesquisa de Rodovias

Pernambuco

  • 3.164 km de rodovias analisados
  • 35 rodovias vistoriadas, sendo
  • 22 estaduais e 13 federais
  • 51,7% dos quilômetros avaliados apresentaram problemas
  • 41,1% tinham problemas no pavimento
  • 53,1% tinham problemas de sinalização
  • 88,8% tinham problemas na geometria
Ranking de estradas ótimas e boas

Nordeste

Alagoas                               73%
Pernambuco                   48,3%
Paraíba                    45,1%
Bahia                                 44,7%
Sergipe                                43,8%
Maranhão                          41,6%
Piauí                            39,1%
Rio Grande do Norte            30,3%
Ceará                  27,6%

Brasil
São Paulo                               78%
Alagoas                                             73%
Rio de Janeiro                              60,8%
Distrito Federal                         54,8%
Espírito Santo                        54,1%
Roraima                          52,2%
Pernambuco                   48,3%

Fonte: CNT