Caminhada combate a obesidade
Evento realizado ontem no Parque da Jaqueira orientou sobre os perigos da doença, que afeta cerca de 20% da população brasileira
Publicação: 22/10/2018 03:00
O representante de vendas Antônio Morais, 45 anos, perdeu 55 quilos após se submeter a uma cirurgia bariátrica. A intervenção foi em maio deste ano, depois de várias tentativas de regimes malsucedidos. Desde então, ele sente os efeitos de ter a saúde de volta. Melhoraram as taxas de pressão, glicose e também a autoestima.
Antônio participou, ontem, de uma caminhada no Parque da Jaqueira, promovida pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) em 18 cidades, sendo sete capitais. O evento mostrou os riscos da obesidade, considerada uma doença crônica. Junto com ela surgem a hipertensão, diabetes, doenças cardíacas e vasculares, doenças osteomusculares, esteatose (gordura no fígado), entre outras. Em Pernambuco, calcula-se 300 mil pessoas com potencial para intervenção cirúrgica.
Segundo Flávio Kreimer, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica – Pernambuco, mais de 50% da população brasileira está acima do peso e quase 20% está obesa, o que representa um problema grave de saúde pública. “Essa é a primeira caminhada nacional em lembrança ao Dia de Combate à Obesidade. Nossa ideia é continuar a fazer outros movimentos parecidos em praças do estado”, disse.
Estudantes e profissionais da saúde ajudaram a aferir a pressão arterial e a glicose no sangue, calcularam o Índice de Massa Corporal (IMC) e informaram sobre alimentação saudável, práticas de exercício físico e dietas para perda de peso. O evento também contou com uma caminhada de dois quilômetros dentro do parque.
Josemberg Campos, ex-presidente da SBCBM e membro de seu conselho consultivo, explicou que o IMC em torno de 30 ou abaixo de 30, com doenças relacionadas à obesidade, são sinais de alerta para o paciente buscar uma ajuda multidisciplinar. É importante o paciente de baixa renda buscar as unidades de saúde do bairro para ser encaminhado para os hospitais públicos que trabalham com o assunto, como o Hospital das Clínicas, Hospital Oswaldo Cruz e o Imip.
Além das unidades públicas, os grupos privados seguem uma tendência de organizar centros de tratamento avançado de obesidade e diabetes. “É importante também procurar os nomes dos médicos nos sites da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e Sociedade Brasileira de Endocrinologia”, afirmou.
O Brasil é o segundo país do mundo que mais realiza cirurgia bariátrica, perdendo somente para os Estados Unidos. Em 2012, o país registrou 72 mil cirurgias, enquanto no ano passado foram mais de 100 mil. Estima-se que menos de 10% delas tenham sido realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Saiba mais
Números do Brasil – 2007 a 2017
Antônio participou, ontem, de uma caminhada no Parque da Jaqueira, promovida pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) em 18 cidades, sendo sete capitais. O evento mostrou os riscos da obesidade, considerada uma doença crônica. Junto com ela surgem a hipertensão, diabetes, doenças cardíacas e vasculares, doenças osteomusculares, esteatose (gordura no fígado), entre outras. Em Pernambuco, calcula-se 300 mil pessoas com potencial para intervenção cirúrgica.
Segundo Flávio Kreimer, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica – Pernambuco, mais de 50% da população brasileira está acima do peso e quase 20% está obesa, o que representa um problema grave de saúde pública. “Essa é a primeira caminhada nacional em lembrança ao Dia de Combate à Obesidade. Nossa ideia é continuar a fazer outros movimentos parecidos em praças do estado”, disse.
Estudantes e profissionais da saúde ajudaram a aferir a pressão arterial e a glicose no sangue, calcularam o Índice de Massa Corporal (IMC) e informaram sobre alimentação saudável, práticas de exercício físico e dietas para perda de peso. O evento também contou com uma caminhada de dois quilômetros dentro do parque.
Josemberg Campos, ex-presidente da SBCBM e membro de seu conselho consultivo, explicou que o IMC em torno de 30 ou abaixo de 30, com doenças relacionadas à obesidade, são sinais de alerta para o paciente buscar uma ajuda multidisciplinar. É importante o paciente de baixa renda buscar as unidades de saúde do bairro para ser encaminhado para os hospitais públicos que trabalham com o assunto, como o Hospital das Clínicas, Hospital Oswaldo Cruz e o Imip.
Além das unidades públicas, os grupos privados seguem uma tendência de organizar centros de tratamento avançado de obesidade e diabetes. “É importante também procurar os nomes dos médicos nos sites da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e Sociedade Brasileira de Endocrinologia”, afirmou.
O Brasil é o segundo país do mundo que mais realiza cirurgia bariátrica, perdendo somente para os Estados Unidos. Em 2012, o país registrou 72 mil cirurgias, enquanto no ano passado foram mais de 100 mil. Estima-se que menos de 10% delas tenham sido realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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Números do Brasil – 2007 a 2017
- 18,9% foi aumento do número de obesos no país
- 54% foi o quanto cresceu a quantidade de pessoas com sobrepeso no mesmo período
- O aumento maior recaiu sobre a população jovem: 110%
- Na faixa etária de vai de 45 a 54 anos, o aumento foi menor: 45%
- De 55 anos a 64, o aumento de obesos foi de 26%
- De 65 em diante também foi de 26%
- A população jovem também foi a mais afetada, com aumento de 56%
- Na faixa dos 25 a 34 anos, o aumento foi de 33%
- Entre 35 e 44 anos, registra-se um aumento de sobrepeso de 25%
- Na faixa dos 65 anos em diante, aumento de 14%