JUSTIÇA » "Canibais" condenados pela morte de duas mulheres

Publicação: 17/12/2018 03:00

A Justiça de Pernambuco condenou, na noite do sábado, os “canibais de Garanhuns” - Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Cristina Oliveira da Silva e Isabel Cristina Pires da Silveira. O juiz Ernesto Bezerra sdentenciou o trio pelo crime de duplo homicídio triplamente qualificado de Gisele Helena da Silva e Alexandra Falcão em Garanhuns em 2012.

O caso ganhou repercussão internacional pelo fato de os acusados terem consumido a carne das vítimas e comercializado coxinhas e empadas usando os restos mortais delas. O júri teve início às 10h10 da sexta-feira e seguiu até as 20h30 do mesmo dia, sendo retomado no sábado, às 9h20, e se encerrando por volta das 23h10 na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra.

Jorge Beltrão Negromonte da Silveira foi condenado a 71 anos de reclusão. Serão 54 anos de reclusão por duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio insidioso ou cruel e uso de recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima) nove anos de detenção por ocultação e vilipêndio de cadáver,cinco anos por furto qualificado e três anos por estelionato.

Bruna Cristina recebeu 71 anos e 10 meses de reclusão, divididos entre 54 por duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio insidioso ou cruel e uso de recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima) nove anos por ocultação e vilipêndio de cadáver, cinco anos por furto qualificado, três anos por estelionato e 10 meses por falsa identidade.

Já Isabel Cristina foi condenada a 68 anos de reclusão, sendo 54 anos por duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio insidioso ou cruel e uso de recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima), nove anos por ocultação e vilipêndio de cadáver e cinco anos por furto qualificado. Jorge Beltrão já havia sido condenado a 23 anos e Isabel e Bruna a 20 anos cada por matar Jéssica Lima em 2008, em Olinda.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco, as penas devem ser cumpridas inicialmente em regime fechado em presídio determinado a critério de juiz da Execução Penal do estado.