GOLPE » Detentos usavam dados de mercadinhos de bairro

Publicação: 19/02/2019 03:00

Proprietários de ao menos três mercadinhos da Região Metropolitana do Recife teriam sido vítimas de uma quadrilha que usava dados cadastrais para realizar compras online. O grupo seria formado por nove pessoas, das quais duas eram presidiários que efetuavam as transações comerciais de dentro do presídio. As perdas dos comerciantes são de aproximadamente R$ 100 mil.

Quatro pessoas foram detidas em flagrante e responderão por associação criminosa e estelionato. Edilza Maria dos Santos, 35, Adriana Teixeira dos Santos, 37, Cláudia Roberta Bezerra de Lima Sales, 40, e Denílson Cândido da Silva, 32, atuavam junto aos dois presidiários há sete meses.

“Eles utilizavam dados de mercados que funcionam há 10 anos. Entravam em contato com empresas de vários estados, faziam as compras e monitoravam a carga pela internet”, explicou o delegado Alessandro Orico. Quando a carga chegava ao Recife, o grupo se apresentava na transportadora usando os dados dos proprietários dos estabelecimentos para retirar as mercadorias. Os criminosos compravam produtos como castanha do pará, castanha de caju e chás para revender no mercado informal. Denílson e Adriana ficavam com 40% da carga recebida, sendo a mulher responsável por buscar os produtos nas transportadoras junto com Edilza. Cláudia Roberta revendia as mercadorias.

George Henrique Alves e Silva, 43 anos, e Hugo dos Santos Freitas, 27, comandavam a operação de dentro do presídio. A dupla cumpre pena por estelionato, falsidade ideológica e tráfico de drogas. A polícia está fazendo o levantamento de outros mercadinhos que teriam sido vítimas. “Estimamos que o prejuízo seja de cerca de R$ 100 mil. Precisamos que outros comerciantes se identifiquem, procurando a delegacia para fazer a denúncia”, afirmou o delegado.