Fevereiro Laranja, alerta para a leucemia Em Pernambuco a média é de 4,6 novos casos entre homens a cada grupo de 100 mil e de 3,2 novos casos entre mulheres

Publicação: 16/02/2019 03:00

Leucemia, câncer que ocorre na formação das células sanguíneas. Um nome que provoca apreensão. Afinal, está no imaginário coletivo de boa parte dos brasileiros a fatídica cena de novela que causou comoção em todo o país nos anos 2000 quando a atriz Carolina Dieckmann chora ao ter os cabelos raspados em virtude dos efeitos da quimioterapia, tratamento indicado para a doença. Dezenove anos depois, a incidência da doença no país, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) é de 5,9 mil casos novos casos em homens e 4,8 mil em mulheres. Em Pernambuco a média é de 4,6 casos para cada 100 mil entre os homens e nas mulheres de 3,2 casos para grupo de 100 mil. Neste mês, o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) reforça a importância da campanha Fevereiro Laranja para a prevenção, diagnóstico e combate à leucemia. Durante todo o mês, haverá a distribuição de panfletos educativos a pacientes e acompanhantes na unidade de saúde.

A estudante de 23 anos Nyelle da Silva Dornellas, recebeu o diagnóstico de forma repentina e inesperada há sete meses. Em meio à rígida disciplina de um curso para vigilante, ela começou a sentir dificuldade em ficar muito tempo em pé. Achou que o problema se devia aos esforços que vinha fazendo. Logo depois, nasceu um edema no dente e ela procurou um dentista, que acreditou que o siso estava nascendo na direção contrária e sugeriu uma operação para o dia 16 de julho deste ano. No dia 10, Nyelle não conseguiu mais ficar de pé e foi para a emergência da UPA de Nova Descoberta, de onde foi transferida para o Hospital Agamenon Magalhães. Lá, recebeu o diagnóstico de leucemia linfoide aguda. Sem sangramento, sem febre, sem suores noturnos. Apenas a falta de forças. No dia 13, foi transferida para o Hospital do Câncer de Pernambuco. A primeira sessão de quimioterapia aconteceu no dia em que faria a cirurgia dentária.  Foram oito sessões e ela cumpriu a última. Expectativa é de ter alta em 20 dias. “Agora estou tomando um antiviral. Estou e continuarei na fila de transplantes, mas só virei ao hospital uma vez ao mês para monitoramento, exames, consultas. Estou superansiosa para tudo acabar. Graças a Deus, agora é só vitória e ficar perto da minha filha”, revelou.