Deputados discutem situação da unidade

Publicação: 03/12/2019 03:00

A situação do hospital foi discutida ontem na Assembleia Legislativa de Pernambuco, entre deputados da oposição e da base governista. A deputada Priscila Krause (DEM) relatou que foi ontem ao HGV, motivada por relatos de pacientes e funcionários sobre um forte estalo ouvido na madrugada da sexta-feira. De acordo com a parlamentar, os primeiros problemas estruturais foram verificados na unidade há mais de uma década e, desde então, o estado não teria tomado providências para encontrar uma solução efetiva.

Segundo Priscila, desde 2004, durante a construção dos três blocos situados atrás do principal, o prédio apresenta problemas na estrutura. “A partir daquele momento, houve, inclusive, uma evacuação na área. As medidas necessárias na época foram tomadas, mas, de lá pra cá, outros problemas surgiram”, relatou.

A deputada acredita que a construção de um terminal de passageiros ao lado do hospital agravou o quadro. “Teve uma situação mais séria em 2014 e, desde então, não foram feitos reparos necessários. As patologias estruturais diagnosticadas nos laudos de acompanhamento, elaborados por empresas gabaritadas, não foram solucionadas”, prosseguiu.

Priscila afirmou que uma empresa contratada para a recuperação abandonou a obra. “O governador Paulo Câmara precisa se cercar de técnicos e profissionais que entendam do assunto, para balizar uma atitude por parte do Governo e da gestão do hospital”, avaliou.

O deputado Antonio Coelho (DEM) afirmou que os problemas estruturais se somam a supostas falhas no atendimento do HGV. “Nós, da oposição, tivemos oportunidade de visitar o hospital algumas vezes e testemunhamos doentes jogados nos corredores, falta de medicamentos, banheiros imundos. Não poderíamos imaginar, porém, que estivesse caindo aos pedaços”, criticou.

O líder do governo, deputado Isaltino Nascimento (PSB), leu nota da SES informando que a Defesa Civil realizou vistoria na sexta e não encontrou indícios de risco iminente. A Codecipe recomendou o escoramento dos pilares existentes entre a junta de dilatação do prédio G3, bem como o reforço na estrutura de um pilar que já se encontrava escorado.