Campanha voltada para os carentes
Missa no Hospital da Restauração abriu a Campanha da Fraternidade e marcou início da Quaresma, que prepara católicos para a Páscoa
Mariana Moraes
mariana.moraes@diariodepernambu.com.br
Publicação: 27/02/2020 03:00
Marcando o início da Quaresma, período de preparação que começa após o carnaval e antecede a Páscoa, o arcebispo dom Fernando Saburido realizou ontem, no auditório do Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, a Missa de Cinzas e a abertura oficial da Campanha da Fraternidade de 2020. Com o tema “Fraternidade e vida: dom e compromisso” e o lema inspirado no evangelho do Bom Samaritano, “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”, descrito no Evangelho de Lucas, a comunidade católica busca focar nos pobres e enfermos.
“Esta é uma tradição que vem de 1964, unir a Quaresma com a Campanha da Fraternidade para que a comunidade cristã possa participar deste momento de conversão, de mudança de vida mais concreta” explica o arcebispo. “Quem está iluminando a campanha deste ano é a Santa Dulce dos Pobres, que fez um trabalho belíssimo com os mais carentes. Ela é uma brasileira, nordestina, para orgulho de todos nós e abriu uma enorme obra hospitalar a partir de um galinheiro, sem nunca negar apoio a ninguém.”
De acordo com a Arquidiocese de Olinda e Recife, o Hospital da Restauração, o maior em rede pública do Nordeste, foi escolhido pela importância que tem para todos os pernambucanos. Pacientes da capital e do interior do Estado, de todas as classes sociais, são atendidos pela unidade de saúde.
“Nós cedemos o espaço porque é um evento que busca cuidar de pessoas carentes e marginalizadas, que nós aqui atendemos e acolhemos da melhor maneira possível. A combinação perfeita”, disse o diretor médico do Hospital, Miguel Arcanjo. “É importante lembrar que o Hospital da Restauração está aberto a qualquer comunidade religiosa que queira fazer o bem. É importantíssimo dar apoio as pessoas, seja na saúde seja na espiritualidade.”
Durante a Missa de Cinzas, os presentes receberam unção do arcebispo. O paciente Rafael dos Santos Sobral, por exemplo, foi um deles. “Estar aqui e assistir esta missa é muito especial para mim. É divino. Às vezes a gente desanima, as baterias descarregam, mas momentos como este nos trazem alegria e vontade de continuar o tratamento”, disse ele, morador de Belo Jardim, no Agreste do estado, que está internado há 31 dias para tratar de uma infecção. “Todos estes dias de internamento nos fizeram nos afastar da Igreja, da caminhada. Estar aqui faz com que a gente se aproxime de Deus novamente, o que ajuda demais a passar os tempos difíceis”, comentou Nice Sobral, costureira e mãe de Rafael.
UNÇÃO
Encerrada a celebração, o arcebispo e o bispo auxiliar, dom Limacêdo Antônio, seguiram por duas alas do HR para ministrar o sacramento da Unção dos Enfermos aos pacientes que não puderam se deslocar.
“O principal papel da campanha é motivar o debate, conversar sobre as coisas que estão angustiando nossos irmãos”, afirmou dom Fernando.
“Na Campanha da Fraternidade do ano passado tanto se falou em políticas públicas que, de fato, expressem o cuidado com o bem comum e a vida do nosso povo. Continuando essa reflexão, por que não aproveitar a Campanha deste ano para pensar políticas públicas especialmente voltadas para a saúde? Quem conhece o Evangelho sabe que Jesus nos manda preocupar-nos com a vida de todos” pregou o arcebispo.
“Esta é uma tradição que vem de 1964, unir a Quaresma com a Campanha da Fraternidade para que a comunidade cristã possa participar deste momento de conversão, de mudança de vida mais concreta” explica o arcebispo. “Quem está iluminando a campanha deste ano é a Santa Dulce dos Pobres, que fez um trabalho belíssimo com os mais carentes. Ela é uma brasileira, nordestina, para orgulho de todos nós e abriu uma enorme obra hospitalar a partir de um galinheiro, sem nunca negar apoio a ninguém.”
De acordo com a Arquidiocese de Olinda e Recife, o Hospital da Restauração, o maior em rede pública do Nordeste, foi escolhido pela importância que tem para todos os pernambucanos. Pacientes da capital e do interior do Estado, de todas as classes sociais, são atendidos pela unidade de saúde.
“Nós cedemos o espaço porque é um evento que busca cuidar de pessoas carentes e marginalizadas, que nós aqui atendemos e acolhemos da melhor maneira possível. A combinação perfeita”, disse o diretor médico do Hospital, Miguel Arcanjo. “É importante lembrar que o Hospital da Restauração está aberto a qualquer comunidade religiosa que queira fazer o bem. É importantíssimo dar apoio as pessoas, seja na saúde seja na espiritualidade.”
Durante a Missa de Cinzas, os presentes receberam unção do arcebispo. O paciente Rafael dos Santos Sobral, por exemplo, foi um deles. “Estar aqui e assistir esta missa é muito especial para mim. É divino. Às vezes a gente desanima, as baterias descarregam, mas momentos como este nos trazem alegria e vontade de continuar o tratamento”, disse ele, morador de Belo Jardim, no Agreste do estado, que está internado há 31 dias para tratar de uma infecção. “Todos estes dias de internamento nos fizeram nos afastar da Igreja, da caminhada. Estar aqui faz com que a gente se aproxime de Deus novamente, o que ajuda demais a passar os tempos difíceis”, comentou Nice Sobral, costureira e mãe de Rafael.
UNÇÃO
Encerrada a celebração, o arcebispo e o bispo auxiliar, dom Limacêdo Antônio, seguiram por duas alas do HR para ministrar o sacramento da Unção dos Enfermos aos pacientes que não puderam se deslocar.
“O principal papel da campanha é motivar o debate, conversar sobre as coisas que estão angustiando nossos irmãos”, afirmou dom Fernando.
“Na Campanha da Fraternidade do ano passado tanto se falou em políticas públicas que, de fato, expressem o cuidado com o bem comum e a vida do nosso povo. Continuando essa reflexão, por que não aproveitar a Campanha deste ano para pensar políticas públicas especialmente voltadas para a saúde? Quem conhece o Evangelho sabe que Jesus nos manda preocupar-nos com a vida de todos” pregou o arcebispo.