EMANNUEL BENTO
emannuel.bento@diariodepernambuco.com.br
Publicação: 04/04/2020 03:00
A tradição de jogar conversa fora e disputar partidas de dominó e baralho em áreas públicas se tornou problema na pandemia. A Praça Sítio Grande, próximo da entrada de Nova Descoberta, na Zona Norte, é um exemplo. De acordo com frequentadores, a Polícia Militar já dispersou o movimento cinco vezes, mas os jogadores retornam quando a patrulha vai embora.
Sentado numa cadeira de balanço Josenildo Ramos da Silva, 62, afirma que é responsável por levar o baralho ao local. “Eu faço isso há dez anos. Já joguei muito, mas atualmente fico aqui só observando”, diz o aposentado. “Sou casado e tenho duas filhas. Elas reclamam muito porque continuo vindo aqui todos os dias, mas é muito entediante ficar em casa. Não considero uma aglomeração”, opinou, no momento em que cerca de 15 pessoas dividiam espaço abaixo do coreto. Ao cair da tarde, o número chegou a 25.
Bartolomeu Oliveira, 43, mora em Boa Viagem, mas foi a Nova Descoberta e passou um tempo jogando baralho na praça. “Sou cozinheiro, mas a empresa decretou férias coletivas. Saí de casa para deixar meu filho na casa da mãe aqui no bairro. Apesar disso, acho que ficar em casa é o melhor a se fazer, principalmente àquelas pessoas com certa idade, pois a imunidade não é a mesma. Ao mesmo tempo, ficar dentro de casa o tempo todo, sendo jovem ou não, causa angústia e estresse.”
O infectologia Thiago Ferraz, do Hospital Correia Picanço, ressalta os riscos dessas atividades de lazer coletivas. “No caso do baralho ou do dominó nas praças, existem algumas questões. A distância de um metro entre as pessoas não é respeitada, então a gotícula respiratória pode atingir o outro. Também tem o manuseio dos materiais entre as pessoas, de uma maneira muito próxima e repetitiva. Imagine gotículas ou coriza de uma pessoa contaminada nesses objetos, que geralmente não são higienizados. Entre uma rodada e outra, não há tempo hábil até que o vírus morra”, diz.
Em nota, a Secretaria de Defesa Social afirmou que forças de segurança, órgãos federais e municipais, vêm atuando em cidades e bairros para fazer valer as recomendações sanitárias. Unidades da PM também estão envolvidas nessas fiscalizações, a exemplo da Cavalaria.
Em diversos bairros, incluindo Nova Descoberta, há operações de fechamento de estabelecimentos e dispersão de pessoas. Na sexta-feira, uma unidade das Lojas Americanas na Encruzilhada, estava funcionando de forma irregular e foi fechada por orientação da polícia. No estado, cerca de 50 pessoas já foram autuadas por promoverem aglomeração ou abrirem bares, restaurantes e comércio.
Sentado numa cadeira de balanço Josenildo Ramos da Silva, 62, afirma que é responsável por levar o baralho ao local. “Eu faço isso há dez anos. Já joguei muito, mas atualmente fico aqui só observando”, diz o aposentado. “Sou casado e tenho duas filhas. Elas reclamam muito porque continuo vindo aqui todos os dias, mas é muito entediante ficar em casa. Não considero uma aglomeração”, opinou, no momento em que cerca de 15 pessoas dividiam espaço abaixo do coreto. Ao cair da tarde, o número chegou a 25.
Bartolomeu Oliveira, 43, mora em Boa Viagem, mas foi a Nova Descoberta e passou um tempo jogando baralho na praça. “Sou cozinheiro, mas a empresa decretou férias coletivas. Saí de casa para deixar meu filho na casa da mãe aqui no bairro. Apesar disso, acho que ficar em casa é o melhor a se fazer, principalmente àquelas pessoas com certa idade, pois a imunidade não é a mesma. Ao mesmo tempo, ficar dentro de casa o tempo todo, sendo jovem ou não, causa angústia e estresse.”
O infectologia Thiago Ferraz, do Hospital Correia Picanço, ressalta os riscos dessas atividades de lazer coletivas. “No caso do baralho ou do dominó nas praças, existem algumas questões. A distância de um metro entre as pessoas não é respeitada, então a gotícula respiratória pode atingir o outro. Também tem o manuseio dos materiais entre as pessoas, de uma maneira muito próxima e repetitiva. Imagine gotículas ou coriza de uma pessoa contaminada nesses objetos, que geralmente não são higienizados. Entre uma rodada e outra, não há tempo hábil até que o vírus morra”, diz.
Em nota, a Secretaria de Defesa Social afirmou que forças de segurança, órgãos federais e municipais, vêm atuando em cidades e bairros para fazer valer as recomendações sanitárias. Unidades da PM também estão envolvidas nessas fiscalizações, a exemplo da Cavalaria.
Em diversos bairros, incluindo Nova Descoberta, há operações de fechamento de estabelecimentos e dispersão de pessoas. Na sexta-feira, uma unidade das Lojas Americanas na Encruzilhada, estava funcionando de forma irregular e foi fechada por orientação da polícia. No estado, cerca de 50 pessoas já foram autuadas por promoverem aglomeração ou abrirem bares, restaurantes e comércio.