Esperar chegada da vacina não é o suficiente

Publicação: 01/08/2020 07:30

“Esse período de pandemia, a princípio, foi assustador. Nosso último evento foi no dia 14 de março. Desde lá, não fizemos nenhuma festa presencialmente. Mas também não paramos em nenhum momento. Continuamos atendendo online, fazendo reuniões e indicações de fornecedores. Tentamos estimular os clientes para que continuem planejando e contratando seus fornecedores. Não queremos que eles desistam dos sonhos deles e que continuem planejando, para que os eventos sejam adiados e não cancelados”, diz a cerimonialista Priscila Borba.

Essas atividades econômicas foram paralisadas desde o dia 20 de março e não constam no Plano Estadual de Convivência com a Covid-19. Assim, ainda não há previsão para a volta de eventos no estado, situação que gera ansiedade em quem trabalha na área. “Assim que começou a pandemia, o mercado de eventos estava voltando ao normal e saindo da crise que tinha nos afetado, e afetou todo o país. Fomos os primeiros a parar e creio que seremos os últimos a voltar. Minha empresa tem mais de 20 eventos planejados ainda neste ano, de setembro a dezembro, eles estão aguardando para saber se serão liberados ou não.”

Com uma empresa formada por duas sócias e uma equipe de 13 pessoas, sendo 12 freelancers e uma contratada, Priscila precisou usar o momento para se reinventar. “Lançamos uma página no Pinterest, playlists no Spotify, abrimos mais abas no nosso site, entramos no Telegram e realizamos várias lives com fornecedores do ramo. Estamos usando a pandemia para trazer conteúdos interessantes para o mercado e para a nossa empresa”, pontua.

A empresária também sabe dos obstáculos que terá que enfrentar quando o período pós-quarentena chegar e espera pelo protocolo estadual para regulamentar o funcionamento de empresas como a sua. “É difícil, a gente sabe que eventos foram feitos para comemorar. São momentos de alegria em que as pessoas querem se abraçar, se beijar, dançar juntos, beber, comer. Ficamos receosos em como isto pode acontecer com tantos protocolos de segurança. Ao mesmo tempo a gente espera que esse protocolo saia e que a volta venha de forma segura para os clientes e fornecedores”, diz Priscila.

Após receber da Associação Brasileira de Empresas de Eventos no Estado (Abeoc-PE) um plano de protocolo para eventos, o secretário de Turismo, Rodrigo Novaes, afirmou que o setor será flexibilizado de forma escalonada. De acordo com o mesmo, casamentos e eventos sociais podem voltar, com público limite de 50 pessoas, em outubro. Outras alterações na liberação devem acontecer apenas em 2021.