Noronha: turistas suspeitos de falsificar exames Visitantes desembarcaram em um jato particular na última quinta-feira e datas dos exames para Covid-19 apresentados não batiam

Publicação: 31/10/2020 03:00

A Polícia Civil de Pernambuco prendeu, na noite da última quinta-feira (29), quatro turistas de Araguaína, no Tocantins, suspeitos de falsificarem exames da Covid-19.  Os dois homens e duas mulheres tiveram prisão preventiva decretada pelo juiz André Carneiro de Albuquerque Santana, atendendo a um pedido do Ministério Público. Na decisão judicial, os turistas foram enquadrados nos crimes de falsificação de documento, uso de documento falsificado e associação criminosa.

Os visitantes desembarcaram em um jato particular na última quarta-feira (28) e apresentaram exames coletados no dia 25/10.

Para entrar na ilha, o procedimento exige que o exame seja realizado um dia antes do embarque. De acordo com a comunicação de Fernando de Noronha, os turistas foram colocados em quarentena até que saíssem os resultados de novos exames realizados na ilha.

Ainda segundo a gestão do arquipélago, no momento da coleta, na pousada, os visitantes se negaram a fornecer as amostras, alegando que tinham feito novos exames no mesmo dia do embarque e que estavam aguardando os resultados, com isso o material não foi coletado.

Segundo a gestão de Noronha, na última quinta-feira (29), eles apresentaram os resultados dos supostos exames que teriam feito, mas as datas não batiam, chamando a atenção das autoridades.

“Nós desconfiamos da autenticidade dos exames porque a data da coleta, nos documentos apresentados pelos turistas, era muito distante da data de cadastro do usuário para a realização do exame no laboratório. Então, alertamos o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de PE, que acionou o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Tocantins, onde fica o laboratório onde os testes foram realizados.”explica o superintendente de Vigilância em Saúde do arquipélago, Fernando Magalhães.

Na checagem dos registros originais, foi constatado que a data da coleta, no exame apresentado havia sido adulterada, {A adulteração)tinha sido providenciada para se enquadrar ao protocolo de entrada na ilha”, continuou Fernando Magalhães.