Osteoporose é uma doença silenciosa Problema é caracterizado pela diminuição da massa óssea, deixando os ossos mais frágeis. Risco de fratura aumenta no quadril, punhos e coluna

Publicação: 21/10/2020 03:00

Cerca de 35% das brasileiras com mais de 45 anos são afetadas pela osteoporose, doença que teve seu dia de atenção lembrado ontem. Ela é caracterizada pela diminuição da massa óssea, fazendo com que os ossos fiquem mais frágeis, aumentando o risco de fraturas. Mulheres na pós-menopausa apresentam fatores de risco, como também idosos e pessoas sedentárias, com dieta pobre em cálcio e vitamina D. Tabagismo, abuso do álcool e remédios à base de corticóides também aumentam o perigo.

Segundo dados da Fundação Internacional de Osteoporose, 10 milhões de brasileiros sofrem com a doença, e a cada três segundos um osso se quebra, em algum lugar do mundo, por causa da osteoporose. Na maioria dos casos, o alerta vem justamente na forma de uma fratura. As mais comuns ocorrem no quadril, na coluna e no punho.

O ortopedista Rodrigo Amorim, do Hospital Miguel Arraes (HMA), explica que o diagnóstico é feito, geralmente, após o surgimento de fraturas uma vez que a osteoporose é uma doença silenciosa. Mas também existem outros aspectos: “uma redução da estatura do paciente, dor nos ossos e nas articulações, ou a presença de ombros caídos ou corcunda podem indicar a perda da massa óssea. Nesses casos, um exame de densitometria óssea pode confirmar a doença”, detalha.

A densitometria óssea é o principal exame para detectar precocemente a osteoporose. Toda mulher em torno dos 55 - 60 anos e homens de 60 - 65 anos devem fazer esse exame. Adultos com mais de 50 anos, que tenham doenças que possam trazer fatores de risco, também devem ser avaliados. O raio-X de coluna auxilia na busca de fraturas vertebrais (muitas vezes assintomáticas).

Osteoporose e Covid-19

Apesar de atingir público-alvo semelhante, a exemplo das pessoas idosas, a osteoporose não está diretamente relacionada a um agravamento da Covid-19. No entanto, idosos têm maior chance de ter outras comorbidades, como diabetes, hipertensão e insuficiência cardíaca, que, associadas à osteoporose, agravam o quadro do paciente.

Tratamento

O tratamento para a osteoporose é feito com o uso de medicamentos que estimulam a produção de massa óssea. Porém, a prática de atividades físicas e mudanças na dieta, com a ingestão de cálcio somada à exposição ao sol durante 15 minutos para a produção de vitamina “D” também são eficazes. Pacientes com osteoporose também devem reforçar os cuidados no dia a dia dentro de casa. Retirar tapetes e obstáculos que aumentam o perigo de quedas.