Abrasel diz que minoria não cumpre normas De acordo com o presidente da associação, maior parte dos estabelecimentos de alimentação pernambucanos cumpre todos os protocolos

Publicação: 15/01/2021 03:00

Um dia após o anúncio feito pelo comitê estadual de enfrentamento à Covid-19, determinando a proibição de som, tanto ao vivo quanto gravado, em bares,  restaurantes e praias por um mês, a partir de hoje, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Pernambuco (Abrasel-PE) se manifestou alegando surpresa com a decisão do governo. De acordo com o presidente da associação, André Luiz Araújo, a maioria dos estabelecimentos pernambucanos de alimentação continua cumprindo todos os protocolos sanitários listados pelo Procon, garantindo assim a segurança dos clientes e colaboradores.

“Dos 300 estabelecimentos fiscalizados, apenas 20, aproximadamente, foram autuados. O que representa menos de 7% das casas. Ou seja, 93% do setor segue colaborando. E vamos contribuir mais uma vez com essa nova determinação”, diz André Luiz Araújo. O presidente da associação afirma ainda que não concorda que os restaurantes e bares sejam apontados como determinantes no aumento dos casos no estado. “Não aceitamos que o setor seja apontado como um dos responsáveis pelo aumento do número de casos, o que, claramente, se deve aos movimentos gerados pelas eleições municipais e pela aglomeração nas praias, ônibus e metrôs. Colocar a culpa nesses estabelecimentos é um pingo no oceano, não reflete a realidade”, pontuou.

Apesar de não concordar, André garante que cumprirá as determinações e afirma que apoia o aumento das fiscalizações e defende a autuação de quem não estiver de acordo com as medidas. Ele faz a ressalva de que é necessário bom senso na hora de decidir fechar um estabelecimento

“Nós apoiamos, inclusive, a ampliação da fiscalização. É importante que qualquer estabelecimento de alimentação que esteja fora dos protocolos seja autuado e, em casos de reincidência, interditado. Claro que usando o ‘dosímetro’. Por exemplo, não é caso de fechar um bar porque uma mesa está 10 centímetros mais próxima da outra do que manda a regulamentação. Está errado, deve haver sanção, mas isso não é motivo para fechamento. Estamos em um momento de dificuldade, dispostos a colaborar como um todo. Por isso, os que seguem cumprindo as regras não podem ser injustiçados por ações de uma minoria que fugiu à regulamentação”,