Ômicron aparece em 90% de testes em PE Variante, que transmite a Covid-19 e tem ritmo de contágio maior, já domina as infecções no estado, ao menos entre os genomas coletados pela Fiocruz-PE

Publicação: 22/01/2022 03:00

Mais um relatório de circulação de linhagens de SARS-CoV-2, elaborado pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz-PE) e divulgado nessa sexta-feira pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), apontou a prevalência da variante Ômicron no território pernambucano. Dos 158 genomas analisados, 145 (91,8%) foram identificados como linhagem Ômicron e 13 amostras (8,2%) foram identificados como linhagem Delta. As amostras analisadas foram coletadas entre os dias 28 de dezembro de 2021 e o último dia 13. Na última vez que o dado foi divulgado, dia 14,  a prevalência da variante Ômicron era de 68% nas amostras analisadas.

Os casos de Delta foram registrados a partir da coleta de pacientes provenientes das cidades: Araripina (1), Cabrobó (4), Recife (6), Petrolina (1) e Serra Talhada (1). Já as amostras coletas que registraram a variante Ômicron, foram de Recife (94), Fernando de Noronha (45), Paulista (2), Carnaubeira da Penha (1), Sertânia (1), Garanhuns (1) e Jaboatão dos Guararapes (1).

“Por meio de nossa parceria com a Fiocruz-PE temos ampliado constantemente e agilizado o sequenciamento genético no Estado. Ontem anunciamos que, segundo análise da Opas/OMS, Pernambuco é o segundo Estado do país que mais realizou sequenciamentos genéticos, detectando a presença da variante Ômicron. Isso não significa que o Estado tenha mais casos, mas que conseguiu detectar mais, a partir de parceria firmada com o Instituto Aggeu Magalhães, responsável por esse trabalho”, comentou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

De acordo com o secretário, nesse cenário de transmissibilidade da Ômicron, a importância da vacinação ganha ainda mais importância. “A variante ômicron tem uma capacidade de transmissão muito superior às outras variantes, conseguindo contaminar de forma recorrente até mesmo as pessoas que já estão vacinadas. No entanto, não podemos esquecer que, mesmo que a vacina não nos deixe livres da infecção, a doença em não vacinados tem um impacto pior. O fato de não estar vacinado, ou só parcialmente vacinado, pode significar hospitalização e morte”, afirmou  Longo.

O secretário ainda acrescentou: “Uma nova onda da Covid-19 terá seu tamanho e gravidade diretamente proporcional à cobertura vacinal completa que tivermos. Precisamos vacinar o maior quantitativo de pessoas, e rápido. Além disso, também é fundamental o respeito aos protocolos e o reforço nos cuidados para minimizar a aceleração viral”, disse.