Entrevista // Julia Konrad atriz de Jamais estive tão...

Publicação: 18/03/2017 03:00

 (Fabio Braga/Dueto Producoes)
Como é sua relação pessoal com a cena do brega pernambucano?
A gente cresce escutando brega em Pernambuco, acho que é algo que está muito presente. E, parando para estudar um pouco mais, as letras dessas músicas são todas incríveis. Melodramáticas, contam histórias riquíssimas, é realmente maravilhoso trabalhar com esse universo como atriz.

Como será sua personagem? Como foi feita a preparação para o papel? E quais são as suas referências para a personagem?
Celeste é uma mulher que sofreu o abandono da mãe na infância, e isso deixa uma marca profunda nela. Ingênua, meio menina, ela lida com uma traição durante o filme e deve tomar uma escolha muito importante. Tive vários ensaios com a Monique e o restante do elenco durante fevereiro para achar o tom certo. Não tenho nenhuma referencia muito específica, acho que ela é um grande conjunto de detalhes que fomos encontrando nesses ensaios. Busquei no roteiro as pistas, por onde seguir, além de entender com o Julio (Andrade) como seria essa relação de pai e filha.

A trama terá trilha sonora de Zeca Baleiro. Como ela deve ser?
Como a trama se desenrola nessa boate, e quase todos os personagens terão esse lado musical muito aflorado, teremos algumas cenas onde diferentes personagens estarão em cena cantando. Zeca fez arranjos incríveis de várias musicas românticas que todos já conhecemos e amamos, vários clássicos. A trilha será uma mistura dessas músicas cantadas por nós e das versões originais. Algo nostálgico, sentimental... será lindo.

É o seu primeiro trabalho no cinema no Brasil. Como encara a experiência?
Meu primeiro filme, Allure, foi rodado fora, em Nova York. Foi uma experiência muito particular porque não tínhamos roteiro escrito e as cenas eram todas improvisadas. Foi um verdadeiro desafio, mas muito gratificante, o filme chegou a rodar festivais na Europa. Mas desde então tenho trabalhado mais em TV, onde o ritmo é outro, a técnica tem que ser outra. Poder voltar a trabalhar no ritmo mais tranquilo do cinema, onde você sabe o arco inteiro da personagem antes de começar, isso é muito gostoso. Ativa outros músculos. Acho de extrema importância para o ator se aventurar em todas as linguagens possíveis, seja cinema, teatro ou televisão.