Do Estado de Minas
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Publicação: 19/08/2017 03:00
Maisa Silva é, antes de mais nada, uma destemida. Com apenas 15 anos de idade e dois discos lançados (nenhuma faixa estourou), a vlogueira, atriz e cantora ousa no palco e na vida. Jovens artistas como a adolescente, que ainda tentam acertar o tom da carreira, poderiam ficar inseguros em apostar em casa cheia. Porém, a garota não se intimida nem mesmo diante do patrão Silvio Santos. Ela cresceu em frente às câmeras e, aos 15 anos, ela protagoniza até debates relacionados a machismo - travado com Dudu Camargo.
Curiosamente, ao contrário de colegas do universo teen como Larissa Manoela, Maisa não seduz o público com superproduções pródigas em cenários, luzes e bailarinos. Simples, o pocket show da garota se dá em frente ao biombo quadrado onde está escrito o nome dela. De pé, com uma garrafa de água nas mãos, ela percorre o país com repertório dos discos Tudo o que me vem à cabeça (2009) e Eu cresci (2014). Após as apresentações, Maisa recebe os fãs um a um.
Você tem surpreendido com posturas e opiniões bem maduras para a sua idade, sobretudo no que diz respeito a questões de gênero. Você é feminista?
Eu me considero defensora dos direitos das mulheres, sim. Acredito muito no feminismo, na igualdade, no empoderamento das mulheres. Com a internet, elas estão tendo acesso a tanta coisa... Há muita informação disponível, muitos blogs. Por meio deles, elas compartilham o difícil dia a dia de uma mulher no Brasil e se informam sobre seus direitos. Isso é muito positivo, faz as coisas caminharem para o bem. Se puder influenciar positivamente as meninas nesse sentido, fico muito feliz
Que tipo de inspiração você gostaria de ser para os fãs?
As pessoas me perguntam: como você consegue ser uma adolescente – porque adolescente tem várias coisas de piadas mais adultas e humor – e, ao mesmo tempo, respeitar o público infantil? É uma das coisas com que me preocupo demais. Procuro deixar para a minha vida mais privada as coisas mais adolescentes de zoeira e trolagem. Não incluo isso nos shows, deixo mais para o Twitter. Sempre me preocupo muito com o público infantil. Afinal de contas, é ele que assiste às minhas novelas e vem até os meus shows. Então, procuro sempre ser influência positiva que leve paz e amor, entre outras coisas do bem. Minha maior alegria é quando a mãe chega pra mim e fala: “Nossa, adoro que meu filho está se espelhando em você”. Ouvir isso não tem preço.
Recentemente, você gravou um vídeo falando de menstruação, afirmando que o assunto não deveria ser tabu. Sobre o que mais as meninas deveriam falar e não falam?
Às vezes, sobre relacionamento, né? Principalmente sobre o fato de a menina não querer ter um relacionamento naquele momento, mas tem de enfrentar as pessoas que ficam dizendo “nossa, você vai ficar pra titia”. Esse negócio de ficar pra titia enche o saco. Qual o problema de muitas pessoas entenderem que nós, meninas, muitas vezes não estamos a fim? Às vezes, a gente só quer jogar futebol e falar de outras coisas. Simples assim. Então, acho que as garotas da minha idade deveriam expor mais isso.
Curiosamente, ao contrário de colegas do universo teen como Larissa Manoela, Maisa não seduz o público com superproduções pródigas em cenários, luzes e bailarinos. Simples, o pocket show da garota se dá em frente ao biombo quadrado onde está escrito o nome dela. De pé, com uma garrafa de água nas mãos, ela percorre o país com repertório dos discos Tudo o que me vem à cabeça (2009) e Eu cresci (2014). Após as apresentações, Maisa recebe os fãs um a um.
Você tem surpreendido com posturas e opiniões bem maduras para a sua idade, sobretudo no que diz respeito a questões de gênero. Você é feminista?
Eu me considero defensora dos direitos das mulheres, sim. Acredito muito no feminismo, na igualdade, no empoderamento das mulheres. Com a internet, elas estão tendo acesso a tanta coisa... Há muita informação disponível, muitos blogs. Por meio deles, elas compartilham o difícil dia a dia de uma mulher no Brasil e se informam sobre seus direitos. Isso é muito positivo, faz as coisas caminharem para o bem. Se puder influenciar positivamente as meninas nesse sentido, fico muito feliz
Que tipo de inspiração você gostaria de ser para os fãs?
As pessoas me perguntam: como você consegue ser uma adolescente – porque adolescente tem várias coisas de piadas mais adultas e humor – e, ao mesmo tempo, respeitar o público infantil? É uma das coisas com que me preocupo demais. Procuro deixar para a minha vida mais privada as coisas mais adolescentes de zoeira e trolagem. Não incluo isso nos shows, deixo mais para o Twitter. Sempre me preocupo muito com o público infantil. Afinal de contas, é ele que assiste às minhas novelas e vem até os meus shows. Então, procuro sempre ser influência positiva que leve paz e amor, entre outras coisas do bem. Minha maior alegria é quando a mãe chega pra mim e fala: “Nossa, adoro que meu filho está se espelhando em você”. Ouvir isso não tem preço.
Recentemente, você gravou um vídeo falando de menstruação, afirmando que o assunto não deveria ser tabu. Sobre o que mais as meninas deveriam falar e não falam?
Às vezes, sobre relacionamento, né? Principalmente sobre o fato de a menina não querer ter um relacionamento naquele momento, mas tem de enfrentar as pessoas que ficam dizendo “nossa, você vai ficar pra titia”. Esse negócio de ficar pra titia enche o saco. Qual o problema de muitas pessoas entenderem que nós, meninas, muitas vezes não estamos a fim? Às vezes, a gente só quer jogar futebol e falar de outras coisas. Simples assim. Então, acho que as garotas da minha idade deveriam expor mais isso.