VISIBILIDADE » Festival Sonora enaltece produção artística feminina

Publicação: 18/10/2018 03:00

Fomentar a inserção feminina na indústria da música é o principal mote do Sonora - Festival Internacional de Compositoras, que realiza sua segunda edição em Olinda (e a terceira em Pernambuco), amanhã e sábado, com entradas a R$ 10, no casarão do Solar da Marquesa, no Varadouro. O festival, que já passou por Portugal, Irlanda, Espanha, Argentina e Uruguai, nasceu por iniciativa da musicista Deh Mussulini, que observou um grande número de compositoras sem os devidos reconhecimento e espaço no meio musical.

Pensando nisso, ela propagou a hashtag #mulherescriando e se juntou a outras criadoras de sua própria arte sonora para promover o festival. O Sonora abre as portas para que as artistas iniciantes e as já estabelecidas se apresentem e troquem experiências. Amanhã, a partir das 18h, haverá a performance Trans(passar) com Sophia William, poesia com Odailta Alves e shows de Ylana, Camila Ribeiro, Concê, Gisely Batista, Brenda Bazante, Izza (MG) e Joanah Flor, que no dia seguinte exibe o videoclipe da sua música Deixa ela.

A noite de encerramento, no sábado, contará ainda com apresentações de Ana Areias, Apoloniu, Maira e Moema Macêdo, Maíra Soares (RN), Rennà Costa, Juliana Zacarias, Encantaria, Patrícia Solis e a DJ residente Nadejda Maciel.

Para chegar a esses nomes selecionados, a curadoria de Paloma Granjeiro e Letícia Arruda se baseou em quatro norteadores de avaliação: musicalidade (criatividade de arranjo vocal e instrumental), originalidade (valoração das ideias de criação), performance (interpretação) e apresentação (figurino e adereços).

Nesta edição, além dos shows, o festival incluiu, na semana que o antecedeu, o evento atividades extras como rodas de diálogos, oficinas e feirinha de artesanato. Hoje, das 13h às 17h, a DJ Nadejda (do selo MaddaM Rec) vai ministrar um workshop de discotecagem. A inscrição é pelo e-mail maddamrec@gmail.com e custa R$ 40.

“Mulher, solta sua voz” é a frase que estará estampada nas blusas de toda a equipe do Sonora Olinda, formada por mulheres trans e cisgênero da música, dança e poesia. Para a cantora Joanah Flor, que vai participar do evento pela segunda vez, festivais como esse têm grande importância. “As mulheres juntas são mais fortes. Podemos, sim, realizar festivais, compor, criar. Somos capazes e nunca irão nos calar", crava.