Com uma vasta programação gratuita, que inclui, entre outras atividades, lançamentos de livros, oficinas, mediações de leitura e peças de teatro, a Feira da Literatura Infantil (Flitin) será realizada entre os dias 22 e 25 de novembro, na Academia Pernambucana de Letras (APL). A primeira edição do evento chega um ano após a crise que assolou todo o mercado editorial nacional, quando o único segmento que se manteve em ascensão foi o infantojuvenil. 

Promovida pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), Academia Pernambucana de Letras (APL), Proa Cultural e Fundarpe, a feira tem como público-alvo crianças de três a 12 anos de idade. “Dentro da programação, a gente tem o que chamamos de mediação de leitura, em vez de chamar de contação de histórias, porque a contação acontece unilateral, do adulto para a criança. Já a mediação de leitura, a gente considera que a criança também participa do processo. Ela faz perguntas, interrompe e conta junto com o mediador”, explica Maria Chaves, da Proa Cultural, durante coletiva de imprensa realizada ontem, na sede da Cepe. Para os adultos, haverá uma oficina e um seminário sobre as formas de fomento para a produção literária no Brasil. 

Com a expectativa de receber 30 mil pessoas durante os quatro dias de evento, a feira vai ocupar oito mil metros quadrados em cinco polos espalhados pela APL. “Investimos em torno de R$ 350 mil e a ideia é que sejam vendidos R$ 10 mil em livros das 12 editorias que estarão presentes”, aposta o presidente da Cepe, Ricardo Leitão. Segundo Maria Chaves, para chegar nas editoras participantes, foi feito um mapeamento com os selos que tivessem títulos que dialogasse com o tema da feira: Era uma vez… Minha história. “Priorizamos aquelas que têm um aspecto de mais conteúdo do que comercial e uma linha grande de produção voltada para o público infantil”.

O coordenador do departamento de literatura da Fundarpe, José Jaime, também esteve presente na coletiva e afirmou que o convite foi feito para integrar à feira algumas ações que já existiam na coordenadoria. "Desde 2011, uma vez por mês, a gente promove a ação Livros livres, para que as pessoas peguem e depois devolvam. Já o Escambo de livros, leva um estande e propõe a troca de livros em bom estado que não sejam nem didáticos, nem religiosos", comenta o coordenador. Um dos destaques da feira será a oferta de um ônibus gratuito para escolas de ensino fundamental da Região Metropolitana do Recife.