O balé clássico de Dom Quixote Espetáculo será apresentado hoje no Teatro Luiz Mendonça, em Boa Viagem, e celebra os 40 anos da escola recifense Studio de Danças

Publicação: 10/12/2018 03:00

Baseado na história de Dom Quixote, um espetáculo de dança será encenado em comemoração aos 40 anos de atuação da tradicional escola de balé clássico do Recife, a Studio de Danças. Dirigido por Ruth Rozenbaum e Lúcia Helena Gondra, a companhia apresenta hoje, a partir das 19h30, a montagem que encerra as comemorações de quatro décadas de ensino da dança. O evento será realizado no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem.

A peça se concentra apenas na dança e a narrativa se desenvolve utilizando como base a famosa história. “A escola é voltada para o balé clássico, então, nada melhor do que escolher uma das grandes peças para celebrar os 40 anos”, conta Rozenbaum. Clássico da literatura mundial, também considerado o primeiro e mais importante romance moderno da literatura, Dom Quixote preenche os palcos da dança em um clássico balé de repertório. Fonte de inspiração para o coreógrafo russo Marius Petipa, a obra foi criada para o Ballet Bolshoi em Moscou em 1869, com música especialmente composta pelo inglês Ludwig Minkus (1826-1917), que é utilizada em produções apresentadas até hoje.

Com coreografia baseada na montagem original, a peça apresentada pelos bailarinos profissionais e alunos do Studio de Danças tem a direção artística de Jane Dickie. A narrativa se baseia em um episódio do segundo volume de Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, e a ação se concentra na intervenção do engenhoso fidalgo, priorizando o casamento por amor em detrimento do casamento por interesse. “É uma história muito bonita de amor impossível e tornamos isso uma peça alegre e brilhante”, justifica Rozenbaum.

A história será contada em três atos, com duração de 1h30 de dança, além de dois intervalos de 15 minutos. Interpretando os personagens principais, o ator convidado Rogério Alves, no papel de Dom Quixote, e os bailarinos Carol Paiva (Kitri), Dayvison Albuquerque (Basilio), Matheus Martins (Espada), Jeanne Freitas (Mercedes), Isabela Loepert (Cupido) e Brenda Schettini, Isabela Loepert, Julia Franca e Talita Carvalho (as quatro amigas de Kitri).

TRAJETÓRIA
Sobre o ônus e bônus adquiridos pela companhia durante sua trajetória, a diretora afirma que os altos e baixos fazem parte do ofício. “Todo o trabalho que fazemos sempre tem uma parte boa e uma ruim. Então, 40 anos de luta não é brincadeira. Tivemos grandes momentos, trouxemos pessoas importantes para dar cursos e investimos para que os nossos dançarinos tivessem outras experiências”, relembra.

Segundo a diretora, a maior dificuldade encontrada nessas quatro décadas foi a falta de incentivo à cultura. “As pessoas não valorizam, mas é um trabalho como outro qualquer e é preciso que tenha comprometimento e investimento. A verba destinada para a área da cultura está defasada até no Sul e Sudeste do país”, reclama.

Serviço

Ballet Dom Quixote - Studio de Danças
Quando: hoje, às 19h30
Onde: Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu (Av. Boa Viagem, s/n, Boa Viagem)
Quanto: R$ 40 (à venda na secretaria do Studio de Danças - Rua das Pernambucanas, 79, Graças)
Informações: (81) 3231-4884