Todo carnaval tem seu fim Última semana da exposição Quando a vida é uma euforia, no Cais do Sertão, terá diversas atividades

CAIO PONCIANO
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Publicação: 14/03/2019 03:00

Depois de dois meses em cartaz no Centro Cultural Cais do Sertão, no Bairro do Recife, a exposição Quando a vida é uma euforia, da artista gráfica pernambucana Joana Lira, chega à última semana de exibição com uma programação diversificada. Dividida pelos núcleos pertencimento, fantasia, mulheres, manifestação e transcendência, a mostra apresenta algumas obras da identidade visual para o Carnaval do Recife que traçou durante dez anos e estabeleceu uma reestruturação gráfica da festa de Momo. Vencedora do Grande Prêmio Orgulho de Pernambuco de 2018, do Diario, na categoria Artes Plásticas e Design Gráfico, Joana se diz emocionada por trazer a exposição, que teve a curadoria de Mamé Shimabukuro, para a terra onde tudo começou.

“A particularidade da visitação no Recife que me deixou muitíssimo feliz e realizada foi ver pessoas de todas as idades e classes sociais visitando e se deixando envolver pela mostra. Fiquei muito mexida com isso”, afirma a recifense. Para marcar o encerramento da mostra, eventos serão realizados nos próximos três dias. Hoje, a partir das 16h, no Auditório É do Povo, a artista e a curadora promovem uma roda de conversa sob o tema O percurso como processo e o processo como percurso. Elas debaterão sobre os personagens, temas e eixos da exposição. “A Mamé, que é paulista e precisou fazer um denso mergulho na nossa cultura, falará como foi traçar essa narrativa a partir do ponto de vista da emoção, que foi o escolhido por ela. E eu contarei um pouco da minha relação entranhada com o carnaval, a experiência profissional e criativa de participar de um trabalho desse porte”, adianta.

Já amanhã e sábado, às 18h, os personagens carnavalescos de Joana ganharão vida através dos efeitos de vídeo e mapping do projeto Eletrobike, comandado pelo VJ Mozart, que vai interagir pelas ruas do Recife até chegar ao Cais do Sertão. Ainda no sábado, haverá a festa celebrativa Chuva de Brilho, que Joana define como o “momento apoteótico” do encerramento. O evento é gratuito e começa a partir das 16h, com o Som na Rural, de Roger de Renor, no Espaço Umbuzeiro do museu.

“Convidamos a Flaira Ferro, artista de marca maior, para fazer uma performance de fechamento, como fizemos com ela também em São Paulo. Porém, Recife é uma cidade que exala criatividade, música e gingado, por isso achamos que seria interessante chamar mais gente ‘bamba’ para fazer uma grande festa. Nisso, o Maurício Badé, nosso diretor musical, indicou o maravilhoso Lucas dos Prazeres, que também estará conosco”, antecipa. O evento vai contar ainda com a presença de dois intérpretes de libras e libras tátil, para atender ao público com deficiência. A exposição estará disponível no Cais do Sertão até o próximo domingo.