Publicação: 21/01/2020 03:00
A formação de vocês está muito ligada a eventos de Belo Horizonte como o Sarau Vira-Lata e Duelos de MCs. Como vocês se descobriram MCs?
Hot: A gente se criou dentro desses espaços, nos conhecemos dentro da batalha. Pela raiz da coisa. A gente é chamado de MC, porque é sobre a cultura de rua que acontece nos espaços públicos de BH. Sempre tivemos isso de buscar de vários lugares e trazer para o nosso. Foi assim que tivemos a ideia de criar o Sarau Vira-Lata. Inclusive, foi aí que conhecemos Djonga. Esses espaços nos ajudaram a nos descobrir como artista. A parada era performance, né? Sempre ao lado da galera do circo e do teatro.
Vocês também têm uma formação que vem das artes cênicas, certo?
Hot: Sim, eu sou neto de Álvaro Apocalypse, fundador do Grupo Giramundo, uma das maiores companhias de teatro de bonecos do mundo. Fui criado nesse universo.
Oreia: Eu fui mais no universo do Sarau Vira-Lata mesmo. Mas sempre fui palhaço desde pequeno. Durante a adolescência, fiz teatro, quando tinha uns 15 anos.
Como vocês se conheceram e tiveram a ideia de montar o projeto?
Oreia: Primeiro formamos o grupo Filhos de Sandra, mas sempre tivemos um milhão de projetos juntos. Com o fim do DV, pensamos em seguir juntos. Foi algo mais de oficializar como uma dupla.
A faixa Eu vou, além de uma parceria com Djonga, tem um clipe cheio de referências ao Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. Qual a relação de vocês com esse trabalho?
Hot: Tanto a obra literária, quanto a cinematográfica, acho que representa o Brasil de forma muito honesta. Desde que assistimos, quando a gente era bem moleque, piramos com a coisa do João Grilo e Chicó. Além do Jesus preto e tudo mais. A gente ficava ‘Caraca! Como a galera conseguiu fazer um filme desse no Brasil?’ Assistimos a tudo e demos uma parada antes de fazer clipe. Também associamos muita coisa do trabalho ao momento que a gente está vivendo, né? Tanto que a ideia do clipe veio antes que a música em si.
Como vocês enxergam essa articulação entre crítica social e humor no trabalho de vocês?
Oreia: É bem natural pra gente. O rap é muito sobre a crítica e, mesmo falando que não somos rappers, sempre estamos criticando muita coisa. Mas também fazemos muita música sobre autocrítica, que muita gente acha que é sobre outras pessoas, mas acaba sendo sobre nós mesmos.
Vendo seus clipes lembrei muito de uma excentricidade e de uma greia meio humor da MTV, tipo Hermes e Renato. Também já vi muita gente comparando a Mamonas Assassinas. Quais são as referências de vocês no humor?
Hot: Mamonas é uma referência, com certeza. A gente tem muita coisa de desenho animado, além de clássicos tipo Tiririca e Chaves. A gente gosta da “tosqueira” (risos).
Já conheciam o festival Rec-Beat? qual é a expectativa?
Hot: A gente está muito feliz de participar. Nunca fomos, mas sabemos que é um dos festivais mais legais do Brasil, sempre sendo resistência e luta. Recife é um dos picos mais fortes de cultura. Vamos levar um pouco do disco novo pro show.
Hot: A gente se criou dentro desses espaços, nos conhecemos dentro da batalha. Pela raiz da coisa. A gente é chamado de MC, porque é sobre a cultura de rua que acontece nos espaços públicos de BH. Sempre tivemos isso de buscar de vários lugares e trazer para o nosso. Foi assim que tivemos a ideia de criar o Sarau Vira-Lata. Inclusive, foi aí que conhecemos Djonga. Esses espaços nos ajudaram a nos descobrir como artista. A parada era performance, né? Sempre ao lado da galera do circo e do teatro.
Vocês também têm uma formação que vem das artes cênicas, certo?
Hot: Sim, eu sou neto de Álvaro Apocalypse, fundador do Grupo Giramundo, uma das maiores companhias de teatro de bonecos do mundo. Fui criado nesse universo.
Oreia: Eu fui mais no universo do Sarau Vira-Lata mesmo. Mas sempre fui palhaço desde pequeno. Durante a adolescência, fiz teatro, quando tinha uns 15 anos.
Como vocês se conheceram e tiveram a ideia de montar o projeto?
Oreia: Primeiro formamos o grupo Filhos de Sandra, mas sempre tivemos um milhão de projetos juntos. Com o fim do DV, pensamos em seguir juntos. Foi algo mais de oficializar como uma dupla.
A faixa Eu vou, além de uma parceria com Djonga, tem um clipe cheio de referências ao Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. Qual a relação de vocês com esse trabalho?
Hot: Tanto a obra literária, quanto a cinematográfica, acho que representa o Brasil de forma muito honesta. Desde que assistimos, quando a gente era bem moleque, piramos com a coisa do João Grilo e Chicó. Além do Jesus preto e tudo mais. A gente ficava ‘Caraca! Como a galera conseguiu fazer um filme desse no Brasil?’ Assistimos a tudo e demos uma parada antes de fazer clipe. Também associamos muita coisa do trabalho ao momento que a gente está vivendo, né? Tanto que a ideia do clipe veio antes que a música em si.
Como vocês enxergam essa articulação entre crítica social e humor no trabalho de vocês?
Oreia: É bem natural pra gente. O rap é muito sobre a crítica e, mesmo falando que não somos rappers, sempre estamos criticando muita coisa. Mas também fazemos muita música sobre autocrítica, que muita gente acha que é sobre outras pessoas, mas acaba sendo sobre nós mesmos.
Vendo seus clipes lembrei muito de uma excentricidade e de uma greia meio humor da MTV, tipo Hermes e Renato. Também já vi muita gente comparando a Mamonas Assassinas. Quais são as referências de vocês no humor?
Hot: Mamonas é uma referência, com certeza. A gente tem muita coisa de desenho animado, além de clássicos tipo Tiririca e Chaves. A gente gosta da “tosqueira” (risos).
Já conheciam o festival Rec-Beat? qual é a expectativa?
Hot: A gente está muito feliz de participar. Nunca fomos, mas sabemos que é um dos festivais mais legais do Brasil, sempre sendo resistência e luta. Recife é um dos picos mais fortes de cultura. Vamos levar um pouco do disco novo pro show.
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