O cantor paulistano Edu Falaschi, uma das vozes mais celebradas do metal melódico nacional, retoma os 29 anos de carreira em um show nostálgico, no qual resgata trabalhos de bandas por onde passou, como Symbols, Almah e, principalmente, Angra, além da trajetória solo. Assim como o álbum Moonlight (2016), a turnê traz roupagem mais intimista, partindo para versões acústicas. Como parte da programação musical do Janeiro de Grande Espetáculos, Edu Falaschi se apresenta amanhã, às 19h, no Teatro de Santa Isabel, bairro de Santo Antônio, onde revisitará clássicos autorais e do metal brasileiro e terá uma participação que, para muitos, é inusitada: Daniel Diau, vocalista do grupo de forró Calcinha Preta. Os ingressos custam R$ 80 e R$ 40 (meia).

Diau se tornou conhecido do fãs do Angra há quase 17 anos, quando regravou a canção Bleeding heart, do álbum Rebirth (2001), com letra em português, intitulada Agora estou sofrendo. A versão será apresentada no Recife e terá trechos em inglês e português. “Foram muitas brincadeiras carinhosas e muitos memes. Os fãs sabem que, lá por 2003, eles lançaram essa versão. Então, foram muitos anos para esse encontro acontecer. Daniel é um cantor popular, que representa a música nordestina. É uma honra para mim”, afirma Edu Falaschi, em entrevista ao Viver.

Para produzir o show, o paulistano de 47 anos conta que foi preciso desconstruir a forma pelas quais as músicas ficaram conhecidas pelos fãs. O processo criativo e de composição passou por criar as canções no piano ou violão. “Esse formato, por ser acústico, tem um perfil mais intimista e para teatros. Mas veio em uma hora perfeita. Justamente porque o meu fã, principalmente aquele que me conheceu no Angra pelo começo dos anos 2000, hoje tem seus 40 anos. Então, essa galera já curte um show com mais conforto, em um bom teatro, com uma ambiência boa”, avalia.

No palco, o ex-vocalista do Angra será acompanhado pelo pianista Thiago Mineiro, arranjador desde o disco Moonlight. Também convidou o virtuoso baixista recifense Ricardinho Paraíso e o saxofonista Wagner Barbosa. Clássicos como Nova era, Rebirth, Heroes of sand, Spread your fire, Wishing well, Lease of life, Pegazus fantasy, Blue forever e Never estarão no repertório. “No show, eu conto essa minha história através das músicas que lancei durante esse período (foram 16 álbuns e cerca de cem canções). Passo muito pela fase principal da minha carreira, que foi minha entrada no Angra, banda que me projetou para o mundo. Nesses 12 anos de Angra, eu escrevi muitas canções e que se tornaram músicas importantes”, conta o artista.