Protagonismo feminino que brota Com trajetória iniciada no bairro de Salgadinho, em Olinda, Rayssa Dias, atração do Rec-Beat, tem só 24 anos, mas sua voz já é ecoada em alto e bom som

ANDRÉ SANTA ROSA
andre.rosa@diariodepernambuco.com.br

Publicação: 22/02/2020 03:00

Foi por meio de pequenas apresentações pela vizinhança no bairro de Salgadinho, em Olinda, que Rayssa Dias começou a jornada para construir carreira como cantora de brega. Aos 24 anos, já atraiu os holofotes ao trilhar uma trajetória dentro do bregafunk, sua principal sonoridade. Ela cresceu junto com gênero musical, mas sem abrir mão da assinatura própria, que se dá muito através das letras. A artista surfa a onda do ritmo que tem despertado a atenção do Brasil para as periferias da Região Metropolitana do Recife e viralizado através dos vídeos de passinho.

Com passagens em festivais como Coquetel Molotov e Abril Pro Rock, Rayssa se prepara para uma apresentação no Rec-Beat 2020, evento alternativo dentro do calendário carnavalesco, deste sábado até terça-feira, no polo do Cais da Alfândega, no Bairro do Recife. Atrações como Emicida, Liniker e os Caramelows, Johnny Hooker, Hot & Oreia, Flaira Ferro, DJ Dolores, Ana Frango Elétrico e Karina Buhr estão escaladas. Rayssa é a primeira MC mulher cantando bregafunk em um palco da programação do carnaval. A apresentação conta com músicas conhecidas do público como Doce ilusão, Sonho, Deixa o povo falar, Saudade de você e Malvadas q brota.

A artista integra a produtora independente recifense Aqualtune, que trabalha com mulheres negras de ritmos periféricos diversos como a rapper Bione, Negrita MC, Karla Gnom e Nany Nine. Rayssa também toca em temas como empoderamento negro, racismo e LGBTfobia. Em entrevista ao Viver, a cantora fala sobre a carreira e o show no Rec-Beat.