Um dos artistas mais queridos de Pernambuco, o cantor e compositor Augusto César morreu na noite de terça-feira, no Recife, aos 61 anos. O ícone do brega era conhecido pelas canções românticas que encantavam a plateia em seus shows, nos tradicionais clubes, e integravam os CDs e DVDs que vendia nas ruas. Augusto, que sofria de insuficiência renal e complicações da diabetes, também lutava contra a Covid-19. O enterro aconteceu no Cemitério Morada da Paz, em Paulista. Ele deixou quatro filhos e dois netos.

O cantor havia sido internado no Hospital da Hapvida, na Zona Oeste do Recife, na segunda-feira, após passar mal em casa por complicações do diabetes. Ele chegou inconsciente à unidade de saúde e foi encaminhado para a ala semi-intensiva. A situação se agravou, de acordo com a família, pela insuficiência respiratória gerada pelo coronavírus. O artista sofreu paradas cardiorrespiratórias e não resistiu. Suas últimas palavras foram “Estou indo fazer o show”, explicou seu filho José Augusto.

Augusto participaria de live com os cantores Condinho, André Viana e Mitó Labaredas em homenagem ao Dia das Mães, no dia 12 de maio e, segundo sua equipe, aguardava ansioso pela vacinação contra a Covid-19.

Com 35 anos de trajetória na música, Augusto era conhecido pelo carisma e a voz marcante que deu vida a sucessos como Ela vai ter que decidir, Como posso te esquecer e Escalada. “Virei um artista popular e era tudo o que eu queria. O artista tem que estar onde o povo está”, disse, em entrevista ao Diario.

Com a proliferação da pirataria, a saída foi desenvolver um novo método de divulgação. Augusto passou a circular por vias comerciais movimentadas do Recife, como a Rua da Imperatriz, e de outras cidades da Região Metropolitana, para vender seus discos. Foi a oportunidade perfeita de interagir ainda e apresentar sua arte aos fãs em pleno cotidiano.