DIARIO + EDUCAÇÃO » Universidade Católica inova na formação de professores A Escola de Educação e Humanidades da Unicap, lançada ontem, aposta numa maior sinergia entre as licenciaturas, na articulação teoria-prática, envolvendo tecnologia, questões socioambientais e empreendedorismo, com foco na aprendizagem e no saber fazer

Estúdio DP

Publicação: 18/10/2019 03:00

Tradicional na formação de educadores desde a sua fundação, nos anos 1940, a Universidade Católica de Pernambuco lançou ontem a Escola de Educação e Humanidades, dedicada a promover a formação profissional de professores e articular debates teórico-metodológicos em torno dos processos de produção de conhecimento nos dias atuais. Reunindo demandas da sociedade contemporânea e macrotendências do setor, como o domínio de novas tecnologias e habilidades, a Escola nasce destacando a ampliação do portfólio de licenciaturas na modalidade EaD (ensino a distância) e a reformulação dos currículos nas modalidades tradicionais. “A Escola não consiste num novo prédio, numa nova estrutura física. Ela é uma instância articuladora, um ecossistema de articulação de todas as atividades que envolvem a educação, das licenciaturas aos programas de pós-graduação, representando uma nova dinâmica na formação de professores”, explica o pró-reitor de Graduação e Extensão da Unicap, Prof. Dr. Degislando Nóbrega.

Para ele, a inauguração da Escola deve ampliar o número de professores capacitados no mercado e reforçar, ainda, o posicionamento da instituição em favor da valorização da educação no país. “Nesse momento, o papel da universidade é indispensável. Na contramão de políticas recentes, hostis em relação à educação, nós temos procurado apoiar a formação de novos professores. Temos concedido bolsas para fomentar o ingresso de estudantes que se sentem vocacionados para o ensino. Faz alguns anos que a universidade concede, em caráter extraordinário, bolsas significativas para todas as licenciaturas”, pontua Degislando. “Sem pedagogos e educadores que possam ocupar espaços nas redes educacionais, como ficará a nossa educação? Qual será o futuro do país? Precisamos de gente interessada, com gosto e competência para formar nossos filhos e netos. Agora é a hora de aprofundar esse nosso papel na sociedade. Não apenas facilitando o acesso, mas inovando na maneira de formar novos professores”, avalia.

Foi nesse contexto de inovação que os projetos pedagógicos das dez licenciaturas plenas ofertadas pela Unicap foram revitalizados com currículos organizados por competências, privilegiando o “saber fazer” e a aplicação prática dos conhecimentos. Na modalidade EaD – disponível na capital pernambucana, em João Pessoa (PB) e em Fortaleza (CE) – a universidade passou a oferecer sete opções de segundas licenciaturas (biologia, matemática, química, filosofia, história, português e pedagogia), três cursos de formação de professor (biologia, química e filosofia), um bacharelado (teologia) e uma licenciatura plena (ciências da religião). “Nossa universidade chegou aos 75 anos com o conceito máximo e, agora, atendendo às novas demandas, aposta na inovação e na reestruturação universitária. A partir das Escolas, temos o desafio de articular graduação e pós-graduação, mercado de trabalho e compromisso social, pesquisa e extensão. Nesse cenário, a Escola de Educação e Humanidades é matricial para a universidade do futuro e o futuro de nossa universidade”, observa o reitor Pe. Pedro Rubens. Além de novas práticas teórico-metodológicas, a Escola de Educação e Humanidades deve apostar numa maior sinergia entre as licenciaturas, na articulação teoria-prática envolvendo tecnologia, direitos de 4ª geração, questões socioambientais e empreendedorismo, com foco na aprendizagem e gestão da aprendizagem.

“A grande tendência de hoje é a relação entre teoria e prática. Que sempre representou um desafio, mas hoje é mais forte. Os jovens estão ávidos por aplicações práticas, querem fazer acontecer, têm sede de agir, são protagonistas do processo de aprendizagem. Na reestruturação das licenciaturas à base de competências, tiramos o foco do ‘conteudismo’ e priorizamos o saber fazer, saber ser, saber conviver. Queremos habilitar o aluno a lidar com problemáticas concretas da cultura, da realidade socioeconômica do nosso tempo”, detalha Degislando Nóbrega. Com o projeto, inaugurado na presença do secretário de Educação de Pernambuco, Fred Amâncio, do reitor, pró-reitores, diretores dos centros, coordenadores de cursos, professores, funcionários e alunos, a Unicap lança luz sobre uma tradição de mais de sete décadas na formação de educadores, dando novo vigor a um de seus principais legados institucionais. (Estúdio DP – Conteúdo Patrocinado)
 
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