Festa de heróis, vilões e gigantes Símbolos da folia, Galo da Madrugada, Homem da Meia-Noite e Enquanto Isso na Sala da Justiça desfilaram com mensagens de sustentabilidade

Publicação: 27/02/2020 09:00

Lute como uma praia do Nordeste”, dizia a mensagem na aguardada roupa usada pelo calunga do Homem da Meia-Noite, numa referência ao vazamento de óleo na região. Gigantes do carnaval de Pernambuco optaram por levantar a bandeira da sustentabilidade. Maior bloco do mundo, o Galo da Madrugada promoveu uma grande ação de reciclagem para reaproveitar os resíduos gerados nos desfiles no Recife e em São Paulo.

A alegoria do Galo na Ponte Duarte Coelho também primou pela consciência ambiental, com vinis reciclados como componente de destaque. No Alto da Sé, a performance do Homem-Aranha, do Enquanto Isso na Sala da Justiça, ressaltou a contaminação e o desperdício da água como vilão.

O carnaval de proporções superlativas encantou com o Encontro dos Bonecos em Olinda, que voltou a causar certa controvérsia por causa da inclusão do boneco do presidente Jair Bolsonaro nas ladeiras. Mais uma prova que assuntos como meio ambiente e política sempre terão lugar na folia.

Galo sustentável na Ponte Duarte Coelho
Alegoria teve mil discos de vinil reciclados para compor sua “fantasia”, que também incluiu placas de LED, considerada uma energia “limpa”

Luz e trevas no reino de Momo

No Recife e em Olinda, foliões e componentes de blocos capricharam em suas fantasias. Na Sé, o aracnídeo mais famoso do carnaval desceu a caixa d’água