O corpo humano é medroso. Ele faz o possível para garantir energia e, para isso, condiciona as pessoas a comer o suficiente para armazená-la. Às vezes, o consumo é maior do que a necessidade do momento e o organismo, temeroso que é, prefere guardar esse potencial, pois não sabe quando precisará. Essa é a explicação básica para o nascimento das gorduras localizadas. O grande dilema de quem convive com essas companhias indesejadas é como eliminá-las, pois nem sempre a combinação exercício e alimentação produz os efeitos desejados. Já existem, porém, tecnologias para ajudar nesse processo.

A gordura localizada tem como base a ingestão de alimentos gordurosos e ricos em carboidratos simples. Conhecida também como lipodistrofia, gera no organismo a formação de camadas de tecido adiposo em algumas regiões específicas do corpo. Nas mulheres, os locais mais comuns dessa concentração são o abdômen, os flancos (também chamados de “pneus”) e os culotes. Já nos homens, é o abdômen. Apesar de parecer inofensiva ou apenas esteticamente desagradável, a gordura localizada nessa região gera mais risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Cada centímetro a mais na cintura aumenta em 2% esse risco de problemas no coração.

Mesmo depois de perder 18 quilos com dietas e exercícios físicos, a servidora pública Isis Dalla Nora, 29 anos, ainda não estava satisfeita com o próprio corpo. “Sempre tinha uma gordurinha teimosa. Eu não queria emagrecer mais, pois já tinha chegado no meu peso ideal. Então, aliado à continuidade da dieta e dos treinos, comecei a buscar alternativas”, conta. Na busca, ela achou o protocolo do Liporobot, uma técnica desenvolvida pela empresa Depilrobot que utiliza um robô para combater as gorduras localizadas, a flacidez e a celulite.

“É uma tecnologia robótica com laser, desenvolvida com a máquina eleita a melhor do mundo neste ano. Consiste em dois comprimentos de onda em duas ponteiras. Uma delas age na destruição celular por um processo fisiológico. Na outra determina-se a melhora da concentração de fibras elásticas da pele e, a longo prazo, a produção do colágeno”, explica o investidor da Depilrobot, Niccolo Mordasini.

Segundo ele, há uma melhora na textura e elasticidade da pele. “É um programa direcionado para quem une a dieta e a atividade física com o objetivo de perder medidas, mas acaba desestimulada pela manutenção da gordura localizada. Então, a tecnologia funciona como motivadora”, diz. O tratamento do Liporobot dura de cinco a oito sessões, que têm em média de 50 minutos a uma hora. Ao fim de cada sessão, é realizada uma drenagem. “Os resultados de redução de medidas aparecem já a primeira sessão, pela contração imediata das fibras elásticas”, acrescenta Niicolo Mordasini.

O Liporobot não requer restrição de atividades. Pessoas com doenças inflamatórias crônicas, doenças do colágeno e gestantes, porém, não podem se submeter ao procedimento. Também é indicado que o uso da máquina seja feito associados à mudança nos hábitos por uma vida mais saudável. “Houve uma época em que fiquei bem tentada a fazer cirurgias, mas desisti, pois uma cirurgia envolve risco. Preferi um procedimento menos invasivo e achei o liporobot, que me trouxe mais firmeza e definição do abdômen”, disse Isis.

Entenda

Como funciona o Liporobot

O programa utiliza dois comprimentos de onda, o Neodimium-YAG e Erbium-YAG. O primeiro, no modo Piano, age na destruição das células de gordura por meio de um aumento seletivo da temperatura nas camadas sem lesar a pele.

Nesse modo Piano, um sensor acoplado a ponteira permite identificarmos a temperatura atingida na pele, e assim realizar o procedimento de maneira segura.

O segundo comprimento de onda Erbium YAG, no modo Smooth, age nas camadas mais superficiais da pele promovendo contração imediata das fibras elásticas e produção de colágeno, conferindo maior firmeza a pele.

O resultado final deste procedimento é uma redução da gordura  corporal