Como senhor define o polo de saúde pernambucano em relação ao país? Quais os principais potenciais do estado, sobretudo em relação à tecnologia aplicada no setor?
Com uma população superior a 53 milhões de habitantes, a economia da região Nordeste está em constante processo de desenvolvimento e, no que diz respeito à saúde, não é diferente. Pernambuco sempre se destacou como o mais importante polo de saúde do Nordeste. O estado é ainda um dos mais importantes do país e, em termos de tecnologia aplicada à saúde, vem assumindo preponderância, sobretudo, por conta da primeira unidade de saúde sem papel do Brasil, a UPA Imbiribeira, e por conta do primeiro Hospital Digital da América Latina, o Hospital Unimed Recife III. Acredito que novos marcos para a história serão alcançados em breve. Nesta semana, o maior hospital das regiões Norte e Nordeste do Brasil, o Real Hospital Português, passou a utilizar as soluções em MV em todos os seus processos clínicos e administrativos. Com essas tecnologias, o RHP entra para o seleto time de instituições que podem atingir o padrão digital. Para nós da MV é motivo de orgulho participar ativamente dessa evolução. Afinal, também contribuímos para a elevação do estado no patamar de desenvolvimento tecnológico, pois é daqui, mais precisamente da MV, que saem as tecnologias que estão sendo utilizadas em instituições de referência em todo o Brasil e em mais nove países, onde temos clientes.

E no setor de saúde pública, o que muda em relação à chegada de mais recursos tecnológicos? É mais delicado? Qual a importância disso para a humanização e o bem-estar?
O avanço tecnológico existe na Saúde Pública, mas, comparado ao âmbito privado, o processo é mais lento. A dependência de recursos públicos e de iniciativas dos governantes, além de outros desafios como custos com processos licitatórios, dificultam esse avanço. Isso é lamentável porque a tecnologia tem potencial para, a partir da integração dos dados, promover uma melhor gestão e, consequentemente, distribuir corretamente os recursos, organizar a oferta de serviços, reduzir filas de espera e humanizar o atendimento aos cidadãos. Além de tudo isso, diante da atual escassez de recursos, a tecnologia é também um dos principais aliados no aumento da produtividade e da redução de custos, aumentando o acesso da população aos serviços de saúde

Em relação ao Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) quais são os feedbacks recebidos pela MV? Como avaliam o impacto deste recurso nos hospitais?
O Prontuário Eletrônico da MV vem assumindo papel preponderante no processo de implantação da Saúde Digital. Ele é um dos principais pilares para a reunião das informações necessárias à transformação digital na saúde. A tecnologia possibilita que as instituições evitem centenas de mortes causadas, por exemplo, por erros administrativos ou médicos, garantam acuracidade no diagnóstico, tenham mais controle sobre medicamentos e insumos, garantam a aplicação correta do medicamento prescrito no paciente, etc. A MV tem orgulho de ter como diferencial o melhor Prontuário Eletrônico da América Latina. A nossa tecnologia foi considerada, inclusive, a melhor em usabilidade do mundo, segundo o instituto norte-americano KLAS.