Tecnologia é essencial em todas as áreas

Publicação: 12/09/2018 03:00

A gestão de saúde envolve o trabalho realizado nos bastidores de um hospital para garantir o êxito no encontro direto entre os profissionais de saúde e os pacientes. O que inclui toda a sistematização dos processos administrativos dos setores e uma visão estratégica e integrada. “O hospital também é uma empresa, ainda que seja peculiar por lidar com vidas. Ele precisa gerar indicadores e analisá-los”, explica a consultora em gestão de Saúde do Cedepe Brunna Richtrmoc.

Dentro de um hospital, explica Brunna, há três categorias de gestão: a que lida com o paciente cara a cara, aquela relativa ao faturamento e auditoria, que lida com o prontuário, e aquela que administra a recepção, os eventos e o marketing. A tecnologia para ajudar nesses processos hoje se concentra em três formas de apresentação. O prontuário eletrônico, que em sua versão mais avançada depende de certificação digital, é uma delas e vem sendo implantado no mundo há cerca de 10 anos.

“Por um lado, ele garante mais segurança para o paciente, pois toda a evolução estará disponível sem risco de perda. A unidade não precisa mais terceirizar o armazenamento. Por outro lado, facilita o faturamento do hospital, já que todos os gastos são lançados em tempo real, o que reduz o tempo de recebimento dos convênios”, diz Brunna. Há ainda os softwares de gestão - Business intelligence – que organizam os indicadores e permitem o monitoramento e controle mais preciso dos processos. Com eles, é possível ver o perfil do atendimento do hospital ou dos convênios mais atendidos.

A terceira via, que ainda não é uma realidade brasileira, sinaliza o que está por vir: o uso da inteligência artificial para identificação de diagnóstico em emergências, a partir da criação de um banco de sintomas associados. Para o médico e CMIO da MV, Kleber Araújo, as tecnologias digitais têm como principal consequência a maior segurança do paciente. “Elas podem ajudar o profissional a suspeitar mais precocemente de certos diagnósticos críticos e até avisar ao profissional de saúde quando está prestes a administrar uma medicação incorreta no paciente”, diz.