A magia da Fantasia
No mês das crianças, a cantora e percussionista Lulu Araújo leva alegria para a meninada dentro e fora do país no maravihoso mundo das fadas
EMANNUEL BENTO
emannuelbento@gmail.com
Publicação: 20/10/2018 03:00
Nas mãos da Fada Magrinha, o som da alfaia se faz com uma baqueta de condão. É usando a magia que existe na música pernambucana que a percussionista e cantora tem levado conhecimento, diversão e cultura para pequenos de todo o país. No mês das crianças, Lulu Araujo realizou shows em Olinda, Recife, São Paulo e agora se prepara para mais uma apresentação no Festival de Literatura de Garanhuns, realizado no município do Agreste do estado, neste sábado, às 16h. No mesmo dia, também fará uma oficina de criação de instrumentos, às 10h.
Desde antes de “ganhar” asas e varinha, Lulu sempre gostou de música. “Eu fazia aulas de percussão, sempre gostei de maracatu, festas de carnaval e da nossa cultura. Toda essa minha admiração aumentou quando conheci o grupo Maracatu Estrela Brilhante”, conta a cantora, que foi convidada para fazer parte da banda de Erasto Vasconcelos. De 1998 a 2016, também tocou ao lado do irmão de Erasto, Naná - um dos percussionistas mais importantes do mundo. “Dali em diante nunca parei. Tive a oportunidade de viajar pelo mundo tocando em festivais renomados como na Suíça, na França e no Japão. Também trabalhei com Alceu Valença, Maestro Spok, Elba Ramalho”.
Lulu também estudou Arte Educação na Universidade Federal de Pernambuco e passou a ser professora de artes para crianças. Foi aí que ela começou a entender que poderia levar a música como conhecimento para além das salas de aula. Araújo gravou algumas canções para mostrar na sala de aula, depois para fora dela, e assim foi surgindo a Fada Magrinha. “Esse trabalho foi um divisor de águas na minha carreira. Pude entender que a música é uma linguagem universal: fiz shows na Espanha, em Portugal e na Inglaterra”.
No dia 14 deste mês, ela alçou voo para São Paulo com uma apresentação na Casa Natura Musical, um local de destaque para a nova música nacional. Na ocasião, ela dividiu o palco com Hélio Ziskind, um dos maiores compositores para crianças no país - ele fez as canções de Castelo Rá-tim-bum e Cocoricó. Em exclusividade ao Diarinho, ela revela que a dupla está planejando fazer um disco em conjunto. Outra convidada foi Karina Buhr, cantora, compositora e percussionista que também carrega a banda de Pernambuco para o país.
Apesar do sucesso entre as crianças, Magrinha coloca outra característica como prioridade na carreira: o conteúdo de suas músicas. “Sou muito preocupada com o que apresento para o público. Não consigo apresentar algo porque está na moda. Tenho que ligar a música a algo mais profundo. Sempre faço uma pesquisa muito cuidadosa, mas sempre respeitando o espaço da criança”, diz. “Não podemos achar que a criança não vai entender essas questões mais filosóficas. Não podemos esbarrar nessa limitação. Temos de fazer justamente o contrário, abrindo o leque. As crianças conseguem enxergar além do que elas imaginam. Conseguem ver coisas que os adultos muitas vezes não conseguem. Trabalhando com crianças pude enxergar essa realidade”.
No mês das crianças, Fada Magrinha também disponibilizou o primeiro disco da banda, lançado em 2013, em plataformas digitais como Spotify, Deezer, Apple Music e Google Play Music. Para o futuro, pretende continuar encantando através da música. “Sou completamente apaixonada por educação e música. Estar fazendo essa junção é o meu maior tesouro e prazer. E poder colocar isso dentro dos shows e apresentar para as crianças é o meu dever”.
O que fazer
Confira a programação do Festival de Literatura de Garanhuns
Desde antes de “ganhar” asas e varinha, Lulu sempre gostou de música. “Eu fazia aulas de percussão, sempre gostei de maracatu, festas de carnaval e da nossa cultura. Toda essa minha admiração aumentou quando conheci o grupo Maracatu Estrela Brilhante”, conta a cantora, que foi convidada para fazer parte da banda de Erasto Vasconcelos. De 1998 a 2016, também tocou ao lado do irmão de Erasto, Naná - um dos percussionistas mais importantes do mundo. “Dali em diante nunca parei. Tive a oportunidade de viajar pelo mundo tocando em festivais renomados como na Suíça, na França e no Japão. Também trabalhei com Alceu Valença, Maestro Spok, Elba Ramalho”.
Lulu também estudou Arte Educação na Universidade Federal de Pernambuco e passou a ser professora de artes para crianças. Foi aí que ela começou a entender que poderia levar a música como conhecimento para além das salas de aula. Araújo gravou algumas canções para mostrar na sala de aula, depois para fora dela, e assim foi surgindo a Fada Magrinha. “Esse trabalho foi um divisor de águas na minha carreira. Pude entender que a música é uma linguagem universal: fiz shows na Espanha, em Portugal e na Inglaterra”.
No dia 14 deste mês, ela alçou voo para São Paulo com uma apresentação na Casa Natura Musical, um local de destaque para a nova música nacional. Na ocasião, ela dividiu o palco com Hélio Ziskind, um dos maiores compositores para crianças no país - ele fez as canções de Castelo Rá-tim-bum e Cocoricó. Em exclusividade ao Diarinho, ela revela que a dupla está planejando fazer um disco em conjunto. Outra convidada foi Karina Buhr, cantora, compositora e percussionista que também carrega a banda de Pernambuco para o país.
Apesar do sucesso entre as crianças, Magrinha coloca outra característica como prioridade na carreira: o conteúdo de suas músicas. “Sou muito preocupada com o que apresento para o público. Não consigo apresentar algo porque está na moda. Tenho que ligar a música a algo mais profundo. Sempre faço uma pesquisa muito cuidadosa, mas sempre respeitando o espaço da criança”, diz. “Não podemos achar que a criança não vai entender essas questões mais filosóficas. Não podemos esbarrar nessa limitação. Temos de fazer justamente o contrário, abrindo o leque. As crianças conseguem enxergar além do que elas imaginam. Conseguem ver coisas que os adultos muitas vezes não conseguem. Trabalhando com crianças pude enxergar essa realidade”.
No mês das crianças, Fada Magrinha também disponibilizou o primeiro disco da banda, lançado em 2013, em plataformas digitais como Spotify, Deezer, Apple Music e Google Play Music. Para o futuro, pretende continuar encantando através da música. “Sou completamente apaixonada por educação e música. Estar fazendo essa junção é o meu maior tesouro e prazer. E poder colocar isso dentro dos shows e apresentar para as crianças é o meu dever”.
O que fazer
Confira a programação do Festival de Literatura de Garanhuns
- 9h às 17h - Polo Mundaú - Pau Pombo: exposição ILUSTRImagem
- 9h às 17h - Polo Mundaú - Pau Pombo: feira de livros
- 9h às 17h - Polo Mundaú - Pau Pombo: sessões Leitura Aberta
- 9h às 11h - Polo Aruá – Sesc: Ateliê de Criação infantil (Yaguarê Yamã)
- 9h às 11h - Polo Aruá – Sesc: Ateliê de Criação (Rita Carelli)
- 10h às 11h - Polo Mundaú - Pau Pombo: conversa com autor (Cristino Wapichana e mediação de Stephany Metódio)
- 10h às 11h - Polo Mundaú - Pau Pombo: Oficina Ferreira Costa de Percussão - construção de Maraca (Fada Magrinha)
- 11h - Polo Mundaú - Pau Pombo: apresentação cultural (Fada Magrinha)
- 14h às 16h - Polo Aruá - Sesc: Ateliê da Criação infantil (Marilda Castanha)
- 14h às 16h - Polo Aruá - Sesc: Ateliê da Criação (Vanina Starkoff)
- 16h - Polo Mundaú - Pau Pombo: apresentação cultural (Fada Magrinha)