Diversão sem sair de casa No apartamento, residência térrea ou área comum do condomínio é fácil montar estruturas de lazer divertidas e seguras para as férias de julho

Publicação: 13/07/2019 03:00

As aguardadas férias de julho, ao contrário das de janeiro, acontecem numa época mais chuvosa. Por isso, as crianças podem permanecer muito tempo em casa. Para não ficar colado na telinha do videogame, do computador ou celular, uma boa saída é montar um espaço específico para brincar em segurança, seja em casa ou na área comum do condomínio. O cantinho de brincadeiras é um lugar muito especial e também serve para ajudar a concentrar a bagunça de brinquedos. Afinal, qual criança não adora espalhá-los por toda a casa? Para facilitar esse trabalho, o Diarinho conversou com a arquiteta Fabiane Heráclio, que deu dicas de como montar este cômodo.

“O objetivo da brinquedoteca é criar um espaço lúdico e educativo, que permita a criatividade e a liberdade para brincar com segurança, sem bagunçar todo o restante da casa. É recomendado usar cores que chamem a atenção, assim como elementos como desenhos e estampas”, avisa Fabiane. Segundo a arquiteta, uma boa ideia de elemento recreativo é uma piscina de bolinhas, que pode ser feita com uma dessas infláveis, que são práticas e coloridas. Outro elemento interessante é a cabaninha, considerada muito importante no desenvolvimento infantil.

“Estudos apontam que a cabana pode ser um espaço onde a criança se  sente segura e confortável para lidar com suas emoções e sentimentos. E é super simples de fazer: um tecido bonito pode ser suspenso em um gancho no teto, por exemplo, já que fazer com sarrafos pode causar algum acidente”, sugere.  O posicionamento do mobiliário deve se adequar ao tamanho de quem vai utilizá-lo, para estimular a autonomia. A ideia é fazer com que os pequenos possam escolher os brinquedos com facilidade, sem necessitar do apoio constante de um responsável. Uma mesinha, ou - em caso de espaços menores - prateleira retrátil, para desenhar e pintar também são imprescindíveis.

“Uma dica econômica é aproveitar o mobiliário que já existe e aplicar uma pintura com cores primárias - azul, vermelho e amarelo - que deixa tudo bem divertido. Em alguns casos, móveis de tamanho adulto podem ser adaptados, diminuindo as pernas, por exemplo. Para guardar os brinquedos, existem os nichos já prontos, encontrados nas grandes lojas de decoração, mas também é possível fazer em casa com caixotes de madeira (lembre-se de lixar bem antes de pintar) ou mesmo de plástico, que podem ser facilmente afixados nas paredes. Cestos ou baús de palha também são muito bonitos e ajudam a guardar tudo depois de uma sessão de brincadeiras”, ensina Fabiane. Quem tem um pouco mais de habilidade pode criar tampas e transformar os caixotes de madeiras em bancos que guardam brinquedos, assim as crianças menores podem pegá-los sozinhas.

Sobre o piso, é ideal que ele não seja muito gelado e absorva o máximo possível de impacto, caso a criança caia. Uma opção é o piso vinílico ou ainda as placas de emborrachado (tipo EVA). Para as paredes, duas opções para lá de econômicas: uma parede de lousa, feita com tinta especial ou com papel contact, que vai proporcionar um grande espaço para que as crianças desenhem e depois apaguem e ainda o uso de adesivos decorativos, que podem ser educativos com mapas e os nomes de bichos e plantas, por exemplo. “Quem não quiser riscos em paredes, mesmo que laváveis, pode instalar um rolo de papel para desenho, que pode ser trocado periodicamente” - lembra.
 
SEGURANÇA
Brincar com segurança é um dos grandes objetivos de uma brinquedoteca, por isso é preciso observar os detalhes, como as quinas agudas no mobiliário: canto arredondados são mais seguros, assim como materiais como MDF ou madeira maciça, que não soltam farpas. Também é preciso ter certeza que todas as tomadas fiquem isoladas. Uma boa ideia é fazer com que alguns móveis fiquem posicionados à frente das tomadas, além de isolá-las com protetores especiais. “Material de fácil manutenção e limpeza são importantes. Evite vidros, tapetes ou almofadas felpudas ou superfícies difíceis de limpar, que podem causar alergias e propagação de doenças”, finaliza Fabiane.