Por dentro do salão de Frankfurt O maior evento de automóveis em metros quadrados do mundo reúne as principais novidades elétricas das marcas

Jorge Moraes
jorge@diariodepernambuco.com.br

Publicação: 14/09/2019 03:00

Alemanha - O Salão de Frankfurt bate um retrato do atual momento da indústria automotiva na Europa, o acordo de Paris e a busca pelo objetivo que poupa o meio ambiente, reduz emissões e produz carros mais amigo do homem, digo em relação ao mundo dos híbridos e elétricos.

Nova realidade que filtra as apresentações dos fabricantes e deixa o público que respira gasolina meio que na sala de espera para adaptação do que está no line up da mostra internacional considerada a maior em metro quadrado do mundo.

Pequenos motores elétricos já se tornaram coadjuvantes daqueles que são alimentados por combustível fóssil e juntos estão poluindo menos e economizando mais. Frankfurt torna presente o caminho que centenas de mercados pelo mundo devem seguir: a eletrificação com base no efeito plug in ou não.

O carro elétrico, por aqui, no Primeiro Mundo, aparece em pequenas quantidades, modelos e mostram uma participação de mercado restrita, dirigida a um público seleto. Vocês concordam comigo? O Brasil será cada vez mais híbrido com as combinações mecânicas que não dependerão necessariamente de postos de abastecimento e infraestrutura para dar “combustível” ao veículo.

Na super esportividade, longe de achar estranho a ajuda de propulsão lançada pela Lamborghini no hipercarro Sián. Fazia tempo que não via tantos contornos externos em Carbono. Recordo aqui o motor elétrico de 34 cv que “impulsiona” a força com o V12 para juntos somarem 819 cv. Na casa do milionário, na Europa, o híbrido, por US$ 3,6 milhões. Apenas isso. Sem contar os impostos sobre o valor.

Entre os compactos, o outro termo, com 100% da energia sem depender da gasolina, está o ID da alemã Volkswagen. O porte é semelhante ao do Golf e a riqueza de acabamento e tecnologia me revela a Volks que eu esperava. Não a que vejo com seu portfólio Brasil. Mas por aqui são outros quinhentos e outro mercado. Outro custo.

O europeu dos veículos menores também começou a exigir mais eficiência dos motores a combustão (o carro tradicional). Difícil seria entender no Brasil, o Hyundai i10, por exemplo, com motor um litro e 67 cavalos apenas. O mesmo serve para outras marcas como a Opel e o eficiente uso urbano do novo Corsa. E a empresa pertence ao grupo PSA. De fora do salão com Citroën e Peugeot.

Carros eficientes (econômicos) estão ganhando cada vez mais posição de destaque. Assinatura observada em cada esquina nos pavilhões do IAA. Espere essa nova realidade para as versões eletrificadas de modelos. E escrevo aqui sobre o Land Rover Defender - esse também será vendido como híbrido.

Elétrica
Realidade projetada para o Taycan. Acho que todos aqui já leram ou assistiram o vídeo do Porsche elétrico que polemiza nas entregas de versões Turbo e Turbo S. Já pensou? Preciso entender melhor a nomenclatura turbinada. O esportivo não surge como o mais bonito da marca mas cumpre a função de ser o primeiro veículo dessa categoria do fabricante de Sttutgart.

Explicar a BMW praticamente com todos os carros eletrificados. Uma versão, ao menos, de cada modelo, tem a letra (e) na terminação do número. E por aqui, o novo Série 3 330e que será lançado no Brasil no próximo ano. O i8 e o i3 viraram paisagem diante do destaque: Concept 4. O que vem por aí para entrar no lugar da Série 4 é visualmente implacável e como penso que devo sempre dar uma chance aos designers vejo que essa grade bocão (como um dia trocou a Audi) pode virar o jogo com as críticas a favor.

Mais alemão?

Mais lenta no processo de eletrificação diante dos seus oponentes, a Audi mostra o belo e forte RS7, a musa das peruas, RS6 e a certeza que no time das argolas, por enquanto, além do e-Tron, o negócio é a pisada raiz sem a forcinha do lado elétrico, por enquanto. O Q3 em seu estilo coupé também estreia no arrojado espaço mas esse só irá para o Brasil no ano que vem.

Na Mercedes-Benz vi pouco a não ser o que já tinha observado de perto. Pontuo aqui três veículos: Classe A AMG, novo GLC 43 AMG e o GLB de sete lugares de refinado acabamento. Estações para conectar o cliente com o universo da central MBUX circulam o estande da MB que também explora o crossover eletrificado EQC 400.