Desde o início da pandemia no Brasil, quando várias empresas precisaram fechar as portas para preservar a saúde de seus colaboradores e como forma de diminuir o avanço do coronavírus, muitas marcas precisaram repensar suas abordagens, entre elas as fabricantes de automóveis que possuem plantas em território nacional.

Agora, algumas montadoras já abriram suas portas, mas de forma diferenciada. Adotando protocolos de higiene e distanciamento social, aquelas que tiveram autorização abriram suas portas para a produção de seus modelos de forma mais reduzida, com menos turnos e menos trabalhadores ao mesmo tempo no espaço.

Já aquelas que ainda não podem voltar a produzir seus carros, uma alternativa para não permanecer com as portas fechadas é ajudar no combate ao coronavírus. Seja capacitando seus colaboradores para consertar respiradores quebrados, ou até mesmo para produzir EPIs para profissionais de saúde e de serviços essenciais que não podem ficar em casa.

FCA
Uma prova dessa nova forma de produzir, a FCA anunciou o início da produção de máscaras cirúrgicas na sua planta em Betim (MG). A linha de produção, instalada em parceria com a Comau, tem capacidade para 1,5 milhão de unidades por mês. Além da distribuição entre seus funcionários em todo o Brasil, a FCA também destina parte das máscaras produzidas a doações para comunidades e profissionais de saúde nos estados de Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo.

Essa nova frente da FCA começou a operar em menos de dois meses, desde a compra e importação de maquinário, pesquisa e validação da matéria-prima, adaptação do espaço na planta até a produção efetiva e homologação das máscaras junto às autoridades sanitárias. O investimento total para a nova linha foi de aproximadamente R$ 3,5 milhões.

Hyundai
Depois de confirmar o retorno sua planta de Piracicaba (SP), a Hyundai divulgou um comunicado oficial reforçando os seus cuidados com relação a saúde dos seus colaboradores. Em nota, a fabricante informou que, em comum acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Piracicaba, seguirá com o funcionamento parcial em sua planta, com apenas um turno de produção, prorrogando a suspensão de contrato de trabalho (lay-off), sem redução de salário, para os dois turnos restantes. O retorno das atividades de forma integral está prevista para 26 de junho. A marca explicou ainda que seguira observando o desempenho da economia nacional e as orientações das autoridades para o combate à pandemia.