Renault sai da Rússia Montadora decidiu vender os seus ativos para a cidade de Moscou, além de abrir mão da montadora russa AVTOVAZ

Publicação: 19/05/2022 03:00

Por unanimidade, os diretores da Renault decidiram vender os ativos da Renault na Rússia para a cidade de Moscou. Dessa forma, a montadora deixa formalmente o país após a invasão à Ucrânia. Os ativos da marca francesa valem US$ 2,29 bilhões, segundo a própria Renault.

De acordo com um comunicado divulgado na segunda-feira (16), a fabricante também abriu mão de sua participação majoritária de 67,69% na montadora russa AVTOVAZ para o NAMI (Instituto Central de Pesquisa e Desenvolvimento de Automóveis e Motores).

“Tomamos uma decisão difícil, mas necessária. E estamos fazendo uma escolha responsável em relação aos nossos 45 mil funcionários na Rússia”, disse um trecho do comunicado da Renault.

Dentro do que foi definido entre a marca e a NAMI, a participação da montadora na AVTOVAZ ainda oferece a possibilidade de recompra de participação, mas apenas após seis anos.

O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, disse em seu blog que a cidade assumiu a propriedade da fábrica com o intuito de retomar a produção de carros de passeio sob a marca Moskvich. “Vamos tentar manter a maior parte da equipe trabalhando diretamente na fábrica e com seus subcontratados”, escreveu Sobyanin.

Moskvich era uma montadora da era soviética de veículos de passageiros comuns.

Mercado de destaque para a Renault, a Rússia foi o seu segundo mercado mais importante com 482.264 carros vendidos no ano passado, ficando atrás apenas da França em termos de volume de vendas.

“Hoje, chegamos a uma deliberação difícil, mas necessária. Estamos tomando uma decisão responsável em relação aos nossos 45 mil funcionários na Rússia, ao mesmo tempo em que protegemos a performance do Grupo e nossa capacidade de voltar ao país no futuro, em um contexto diferente. Tenho confiança na capacidade do Renault Group de acelerar ainda mais sua transformação e superar seus objetivos de médio prazo”, declarou Luca de Meo, CEO do Renault Group.