E haja espaço Serviços de nuvem seguem em ascenção no Brasil e devem alcançar 1 zettabyte armazenados até 2020. Apesar disso, são apenas 7% dos dados digitais

Laísa Queiroz

Publicação: 30/07/2014 03:00

Ignácio Nascimento usa o Google Drive no celular e um HD externo para armazenar dados (ANA RAYSSA/ESP. CB/D.A PRESS)
Ignácio Nascimento usa o Google Drive no celular e um HD externo para armazenar dados

Além do sucesso do Windows 95 e do lançamento do icônico vídeogame Super Nintendo, no universo tecnológico, os anos 1990 marcaram a popularização do armazenamento de dados com os disquetes, precursores dos atuais pen-drives, que contavam com pouco mais de 720KB — o que, hoje, não abarca nem mesmo uma única foto em boa resolução. Com o passar do tempo, a quantidade de arquivos digitais de cada usuário aumentou, assim como as formas de guardá-los: no PC, no notebook, no tablet, no smartphone, no HD externo e, claro, na nuvem, a queridinha do momento.


O International Data Corporation (IDC), especializado em pesquisas na área de tecnologia, fez um levantamento no Brasil e constatou que, em 2013, os usuários acumularam 200 exabytes (ou 200 bilhões de gigabytes) de arquivos apenas na nuvem. A projeção do instituto é de que até o fim desta década (em 2020), o país chegue a 1 zettabyte, o que corresponde a 1 trilhão de gigabytes.


A empresa de consultoria Gartner também prevê que a migração de dados para a nuvem continue em crescimento. A estimativa é que até 2016, 36% de todos os arquivos pessoais estejam em cloud. Atualmente, apenas 7% estão nesse sistema de armazenamento — a maior parte dos usuários ainda utiliza dispositivos de memória tradicionais, como PC e HD externo. Para o analista da instituição Ken Dulaney, não há problema em conciliar os dois tipos de armazenamento, em um aparelho e em cloud. “As pessoas vão guardar (nos dispositivos) os arquivos que usam com mais frequência e, o resto, elas vão mover para a nuvem, como já têm feito. Os dois são importantes por motivos diferentes”, opina.

Para especialistas, a nuvem é um caminho sem volta, mas isso não quer dizer que os dias de armazenamento em dispositivos físicos acabaram. Com a velocidade de conexão longe do ideal, o HD externo é muito valorizado

Quem aderiu ao cloud e está satisfeito com o serviço é o arquiteto Ignácio Nascimento, 30 anos, que utiliza esse tipo de armazenamento, principalmente, para guardar fotos. As imagens que ele captura no smartphone vão direto para a nuvem — onde não há risco de se perder.